quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pela 1ª vez, Messejana entre bairros mais aquecidos 28/4/2011

Pela 1ª vez, Messejana entre bairros mais aquecidos
28/4/2011

Messejana, um dos bairros mais tradicionais da Capital cearense, pela primeira vez na série histórica dos estudos do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação do Ceará (Secovi-CE), entrou na lista das seis localidades que tiveram o maior aquecimento do mercado imobiliário em um período de 12 meses. A comercialização de imóveis ultrapassou R$ 151 milhões naquele bairro, em 2010. Os dados foram apresentados, ontem, em coletiva para a imprensa no Gran Marquise Hotel, no Balanço do Mercado Imobiliário de Fortaleza e da Região Metropolitana, feito pelo Instituto de Pesquisas e Estatísticas do Secovi (Inpes).

De acordo com o presidente da entidade, Sérgio Porto, a maior oferta de crédito, facilidade para a realização de financiamentos e o ganho real no salários das classes C e D motivaram o aumento das negociações em Messejana e em outros bairros como o Montese, por exemplo.

Porto das Dunas lidera

Nem Meireles, nem Aldeota, tampouco bairro de Fátima assumiram a ponta no volume de vendas imobiliárias. Os tradicionais locais de maior movimentação financeira até voltaram, ao lado do Cocó, a figurar entre os bairros onde houve mais movimentação financeira, em Fortaleza, no ano passado. Contudo, todos foram desbancados pelo Porto das Dunas, em Aquiraz, situado na Região Metropolitana de Fortaleza, localidade que apresentou o mais alto volume movimentado em 2010, pouco mais que R$ 571 milhões. "Há uma tendência, especialmente depois do Acqua Ville, das classes A e B procurarem aliar lazer e moradia. Além disso, há estrangeiros que desejam instalar a 3ª residência em outro País e escolhem o Ceará, para passar uma temporada", comentou Sérgio Porto.

Entraves

Segundo ele, é necessário superar mais barreiras na liberação do crédito, apesar do muito que já se avançou. "Não que seja uma crítica à Caixa, que teve de se reinventar ao pular de R$ 4 bilhões para R$ 56 bilhões financiados, mas precisamos de mais competitividade entre os bancos. Esse mercado ainda é muito concentrado na Caixa", sugeriu. Segundo ele, a concorrência mais acirrada entre as instituições bancárias para financiar a compra da casa própria é interessante para o mercado.

Outro problema mais local, segundo Porto, é a questão do terreno. Ele defendeu a aplicação do IPTU progressivo para reduzir as especulações e estratagemas de pessoas que tiram proveito da valorização de alguns bairros. "Sou contra a especulação. Na área do Castelão, por exemplo, muitos estão falando em deixar o terreno sem empreendimentos até ficar mais caro para a Copa de 2014. Com o aumento progressivo do IPTU, essa prática pode ser inibida".

Sérgio Porto destacou uma reformulação no Secovi. "O Sistema Secovi teve de se reinventar, mudamos a logomarca, incorporamos cinco entidades. Tivemos que reaprender a vender, a refazer planilhas e a negociar não só com as classe A e B, mas também com as mais emergentes", resumiu.

BOOM DO SETOR
Vendas de imóveis chegam a R$ 2,5 bilhões na RMF

Setor imobiliário da RMF movimentou 70% a mais do que no ano passado, quando foi girado R$ 1,4 bilhão

O volume total movimentado no ano passado foi oficialmente divulgado, ontem, pelo Secovi-CE. Foi atingido o valor recorde de R$ 2,5 bilhões com a venda de imóveis na RMF, um montante um pouco acima do que já havia sido antecipado há menos de um mês pelo próprio presidente da entidade. A elevação foi de 70% sobre similar intervalo do ano imediatamente anterior (R$ 1,4 bilhão), e de 324% sobre o fluxo registrado há cinco anos (R$ 593 milhões).

Já o valor médio do metro quadrado da Capital cearense também subiu. Saiu de R$ 2.942,48, em 2009, para R$ 3.466,71, no ano passado. Um acréscimo de 17,8%. "O que existe é uma equalização em todas as grandes cidades do Nordeste", comentou o presidente do Secovi-CE, Sérgio Porto.

Ele destacou a alta de 71% no preço do metro quadrado do apartamento de apenas um quarto. "Houve esse aumento por conta do perfil dos compradores. Homens com mais de 40 anos, solteiros, com a parte financeira consolidada, e com desejo de viver em bairros mais nobres", ressaltou.

Dois quartos

Em contrapartida, houve uma leve retração no custo do metro quadrado para apartamento de dois quartos (-5,81%). Nesse caso, contou Sérgio, é uma tendência de oferecimento maior desse tipo de imóvel para camadas mais populares ao invés das classes A e B. "Houve uma oferta muito grande para as classes C e D. Por isso, caiu o valor dos imóveis", complementou, lembrando que no próximo balanço será contabilizado o total movimentado pelo programa de habitação do governo federal Minha Casa, Minha Vida. "No próximo levantamento, traremos segregada essa informação e também o valor somado com as unidades contratadas do Minha Casa", contou.

No quesito unidades vendidas, o Secovi-CE indicou que houve um acréscimo de 44,5% em 2010 sobre igual período imediatamente anterior.

Unidades vendidas

Foram vendidas 8.368 unidades ante 5.791, em 2009. Em relação a 2008, quando foram comercializadas 5.264, o crescimento foi de 58,9%. A média mensal de vendagem de imóveis foi de R$ 209 milhões ante R$ 123 milhões de 2009. Alta de praticamente 70%.

"Se hoje não fizéssemos mais nenhuma incorporação até o fim do ano, tudo o que já foi lançado seria vendido em oito meses", com essa declaração, o presidente do Secovi-CE abriu a apresentação que mostrou o comportamento do mercado em relação aos imóveis lançados, em 2010. Segundo ele, os números mostram uma tendência de verticalização.

Verticalização

"No ano passado, foram lançados 73 empreendimentos com 9.583 unidades, no total. Em 2009, foram 53 novidades, com 5.622 unidades. Isso mostra o fenômeno de mais torres em cada lançamento desses", disse.

Outro indicador importante foi o Índice de Velocidade de Vendas (IVV). Conforme o Secovi, em 2010, de cada 100 imóveis colocados à venda, 12 foram comercializados mensalmente. O IVV bateu 12,63% ante 9,68%, de 2009, e 7,78%, de 2008, evidenciando dinamismo e aquecimento do setor.

BAIRRO TAMBÉM EM ALTA
Guararapes ´injustiçado´ no ranking

Contestando os dados apresentados pelo Secovi referentes aos bairros da cidade que movimentaram maiores quantias durante o ano passado, o proprietário da construtora Dias e Sousa, Patriolino Ribeiro, garantiu que o bairro Guararapes estaria, pelo menos, entre os cinco primeiros do ranking.

De acordo com ele, foi movimentado um montante de cerca de R$ 170 milhões em comercialização de empreendimentos no Guararapes, o que representa um valor acima dos R$ 151 milhões registrados pelo Secovi em vendas no bairro da Messejana, o sexto do ranking.

"Foram, realmente, vendidos muitos empreendimentos; movimentado um valor muito grande em uma velocidade excepcional no Guararapes durante o ano de 2010", garantiu Ribeiro. De acordo com ele, algumas construtoras tiveram, no período de apenas 15 dias, a venda de apartamentos e salas comerciais encerrada.

Confusão geográfica

A explicação para o bairro não ter figurado entre os que tiveram maiores índices de venda na Capital pelo Secovi se dá, segundo o próprio Ribeiro, por uma "confusão a respeito dos limites do Guararapes".

"O Guararapes começa na altura da concessionária Iguauto, na Rua Rogaciano Leite, e segue até a Câmara Legislativa, até a Faculdade 7 de Setembro, voltando pela Avenida Washington Soares", afirmou o empresário. O que ocorreu, segundo Ribeiro, é que muitas das construtoras não conhecem os limites exatos do bairro e acabam repassando dados equivocados para o Secovi.

Secovi responde

Diante do protesto, o presidente da Secovi, Sérgio Porto, admitiu que não conhecia os limites mencionados por Ribeiro e, em seguida, afirmou que os números do Guararapes estariam "diluídos entre Aldeota e Cocó".

Porto ainda garantiu que iria conferir junto ao Inpes para constatar tais limites e verificar o investimento de construtoras na área determinada.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Imóveis comprados na planta podem ter valorização de até 70% durante a obra

Imóveis comprados na planta podem ter valorização de até 70% durante a obra
Com o mercado imobiliário aquecido, compras de lançamentos têm se tornado cada vez mais comuns e vantajosas

Victor Machado
*Colaboração
25/4/2011

O mercado imobiliário aquecido aumentou o número de lançamentos de imóveis, e a compra deles ainda na planta tem se tornado uma alternativa cada vez melhor. Segundo o delegado do Conselho Regional dos Corretores de imóveis de Juiz de Fora (Creci/MG), Ronaldo Tomaz, essa prática possibilita programar os gastos e adquirir o imóvel ideal, além de ganhar com uma valorização de até 70%.
De acordo com Tomaz, o imóvel é comprado no valor do mercado da época e parcelado ao longo da obra. No entanto, ao longo desse período, a valorização supera o valor da compra. "O reajuste das parcelas ao longo da obra é de acordo com o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), que está girando em torno de 5% a 6%. O imóvel pode ter uma valorização de 70%. Um exemplo é um apartamento no Estrela de Sul, de dois quartos, comprado por R$ 140 mil e que, após o término da obra, valia R$ 250 mil."
Tomaz explica que essa prática tem se tornado comum, por causa das facilidades encontradas no mercado. "Além de estar aquecido, o mercado está criando facilidades para os compradores. Com o crescimento dos lançamentos, essa prática tem se tornado mais comum. Através da compra na planta, é possível encontrar imóveis na localização e condições ideais."
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O corretor aponta a facilidade nas condições de pagamento. Segundo ele, hoje em dia, é possível comprar um imóvel com um sinal pequeno. "Já existe sinal de R$ 10 mil a R$ 40 mil e o restante dividido em parcelas. Com isso, o comprador consegue programar o pagamento ao longo da obra e não se complicar." Tomaz afirma que a única desvantagem é o cliente não poder ocupar o imóvel no ato da compra.
Segundo Tomaz, não existe um perfil de compradores de imóveis na planta. "Hoje em dia a procura maior está em imóveis de até R$ 250 mil e, normalmente, são pessoas que desejam comprar em algum lugar específico. Temos muitos casos de estudantes que chegam a Juiz de Fora e percebem que é melhor comprar do que alugar. O preço da prestação é semelhante ao do aluguel e ele ainda vai ser proprietário do imóvel, que terá valorização."
Os bairros São Mateus, Alto dos Passos, Bom Pastor, Granbery e São Pedro (ver mapas) são os apontados como os que possuem mais lançamentos. "Existe obra em todas as regiões, mas essas são as principais. O bairro São Pedro tem tido muitas construções."
Cuidados
Apesar de ser um negócio atraente, Tomaz alerta que é necessária preocupação no ato da compra. Segundo ele, é preciso conferir se a planta do imóvel e o acabamento estão registrados em cartório, para que não haja mudanças no projeto. Além disso, o consumidor deve estar atento à incorporação da planta. "Imóveis na planta só podem ser vendidos se tiverem incorporação imobiliária. Através dela existe comprometimento da construção."
Também é preciso ter cuidado com os registros dos profissionais envolvidos na compra. Tanto o corretor quanto a imobiliária devem ser cadastrados no Creci. "Com o mercado aquecido, existem muitas pessoas se passando por corretores ou se aventurando em construir prédios."
Com esses cuidados, é possível evitar preocupações durante e depois da obra. Tomaz comenta que em casos de atrasos, por exemplo, é possível que os compradores do imóvel se unam para pedir a saída da construtora da obra. "Obviamente que existem todos os trâmites legais, mas pode acontecer." No entanto, ele aponta que há alguns atrasos que já são previstos na obra. "Períodos longos de chuvas e a falta de profissionais podem causar paralisações. Infelizmente, a falta de profissionais tem atingido bastante."
Documentação
De acordo com o corretor, não existe diferenças na documentação necessária para a compra de imóveis na planta, em relação aos que já estão prontos. Tomaz comenta que o comprador gasta em torno de 4% a 5% do valor do imóvel com documentos. "Em um apartamento de R$ 200 mil, os gastos com documento devem chegar R$ 7 mil a R$ 8 mil." Segundo ele, já existem bancos que disponibilizam financiamento desse valor.

domingo, 24 de abril de 2011

O BONDOSO FREI - FELIZ PÁSCOA

O BONDOSO FREI

Em uma pequena comunidade medieval na Europa, vivia um Frei que possuía um coração generoso. Ele auxiliava a todas as pessoas de seu povoado. Nas primeira horas do dia, o bondoso Frei já se encontrava às portas de seu mosteiro para auxiliar, dentro de suas possibilidades, as pessoas carentes do corpo e do espírito.

O caridoso Frei atendia desde problemas materias, como a necessidade de alimento e vestuário, até complexos problemas existenciais. Ele era um grande psicólogo dos dilemas humanos. Muitos casamentos e relações familiares foram salvas pelas palavras meigas e sábias do generoso servo de Cristo.

O seu trabalho era dedicar-se ao próximo sem distinguir o rico do pobre, o suserano do vassalo ou a classe real da plebe. O Frei compreendia que a verdadeira caridade não espera nada em troca e não escolhe os beneficiados. Ela simplesmente age por agir!

As pessoas do seu povoado diziam ser o Frei um anjo ou um santo de Deus em missão na Terra, porque ele nada fazia para si, somente para os outros. E quando lhe perguntavam o que ele gostaria de receber em contrapartida por toda a sua generosidade, ele respondia que já possuía tudo o que desejava através das bênçãos de Jesus.

Mas, na verdade, o amigo dos necessitados tinha um desejo que guardava oculto em seu coração. Ele desejava que Jesus lhe aparecesse em espírito para que ambos pudessem conversar. O bondoso Frei sonhava com a oportunidade de esclarecer, junto ao Mestre, as suas dúvidas sobre os ensinamentos do Evangelho e poder confraternizar com aquele que era o seu exemplo de vida e meta a atingir em sua dedicada existência.

Os anos se passavam e o bom Frei  trabalhava incessantemente, acalentando em seu coração a realização de seu sonho, sempre colocando em primeiro lugar, o amor e o espírito de caridade aos seus semelhantes.

Até que, certo dia, após acordar e preparar-se para atender aos necessitados, ele dirigiu-se ao quarto para pegar seus óculos e teve uma adorável surpresa: Lá, encontrou o governador espiritual da Terra, Jesus.

Em profunda emoção, o Frei  disse:
- Mestre, tu atendeste ao meu pedido!

Os olhos do abnegado Frei estavam marejados de lágrimas, fruto da forte emoção, quando ele ouviu algumas batidas agitadas em sua porta.

O Frei ficou confuso sem saber o que fazer, enquanto Jesus o fitava com um olhar misterioso. Passados alguns poucos segundos, o Frei colocou as mãos no rosto e disse:

- Mestre, me desculpa, mas não posso deixar de atender minha gente!

O amado e bondoso Frei girou sobre os calcanhares e correu até a porta sem olhar para atrás. E naquele dia, estendeu-se em sua porta uma longa fila de necessitados que reclamavam o seu auxílio para assuntos urgentes que somente o bom servo de Deus poderia solucionar.

As pessoas estranhavam o abatimento de seu coração e lhe perguntavam sobre o que havia ocorrido. Ele apenas respondia que tudo estava bem e que estava apenas com um pequeno resfriado.

O dia passou rápido. E quando a última pessoa foi atendida, a noite já ia alta. Cansado e triste, ele retornou ao quarto para repousar.

Ao passar a soleira da porta, ele teve uma divina surpresa. Jesus estava lá, em seu quarto, sentado aos pés da cama. O Frei, irradiante de alegria, perguntou ao sublime rabi da Galiléia:

- Mestre, o Senhor me esperou?
E Jesus, com seus vivos olhos, cheios de amor e carinho, respondeu irradiando sabedoria e amor:

- Se tu tivesses ficado, eu teria ido embora!

* Nunca pare a obra de Deus! Cuide em ajudar as pessoas que estão com problemas a sua volta, pois Deus é que está cuidando dos seus.

Deus lhe abençoe e FELIZ PÁSCOA

sábado, 23 de abril de 2011

Como declarar o seu imóvel para a Receita

Como declarar o seu imóvel para a Receita

Preencher corretamente a declaração do Imposto de Renda é tarefa que causa dúvidas, sobretudo quanto à discriminação dos imóveis. Atenção à legislação ajuda a evitar erros
Tamanho da Fonte    EVELIN CAMPOS
evieira@jornaldacomunidade.com.br  Redação Jornal da Comunidade

Foto: Sandro Araújo
O supervisor Joaquim Adir explica o que se deve fazer para declarar o imóvel na planta na declaração à Receita Federal
Todo ano os brasileiros declaram despesas, bens e rendimentos à Receita Federal pela Declaração de Ajustes Anuais do Imposto de Renda das Pessoas Físicas. A declaração é obrigatória e gera dúvidas quanto ao que pode ser declarado e em que situações se paga ou recebe. É obrigado a declarar quem tiver recebido rendimentos brutos tributáveis superiores a R$ 22.487,25. Dentre as dúvidas dos contribuintes estão as regras de declaração de imóveis.

O primeiro passo é apontar o tipo de imóvel a ser declarado – terreno, edificação, galpão ou loja –, marcando um código na ficha. No campo “discriminação” o declarante deve informar em que condições o imóvel foi adquirido, se foi quitado, financiado pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH) ou outra linha de crédito, ou comprado direto na planta.

“No caso de imóveis na planta, a pessoa vai discriminar o endereço, valor da compra, se deu entrada, e as parcelas desde o mês em que comprou até dezembro de 2010. Depois, todo ano vai adicionando as prestações quitadas”, explica Joaquim Adir, supervisor nacional do Programa do Imposto de Renda. Informações como localização do imóvel e valor da compra também são fornecidas nessa etapa.

Caso o imóvel tenha sido quitado e declarado nos anos anteriores, as informações são repetidas na declaração do ano vigente. “Se é uma compra normal, basta colocar o preço e a especificação do imóvel e a data da compra”, afirma Adir. O valor declarado é sempre o mesmo, pois fatores como valorização no mercado não são considerados pela Receita.

Há, no entanto, uma situação em que o valor do imóvel aumenta na declaração. Se o dono do imóvel tiver realizado obras e reformas no local, ele pode declará-las. “Suponha que o imóvel tenha custado
R$ 40 mil e os gastos com as obras tenham sido de R$ 10 mil. Ele vai colocar esse valor em benfeitorias no imóvel e discriminar o que foi feito”, exemplifica Adir.

O problema, diz o supervisor, é que a maioria das pessoas não guarda os recibos dos pagamentos de serviços, fornecedores e materiais, o que é essencial para comprovar as despesas.
Reformas ou obras feitas antes de 1988 são declaradas em “bens e direito”. As mais recentes são declaradas em “discriminação”, constando localização e valor.

Atenção à venda de imóveis
Apesar dos frequentes questionamentos sobre compra e reforma, as maiores dificuldades surgem quando o assunto é venda de imóveis, avalia Adir. Em geral, a legislação que dispõe sobre o imposto de renda das pessoas físicas determina cobrança de 15% sobre o lucro resultante da venda, caso exista. Mas são isentos aqueles que vendem seu imóvel residencial e utilizam o valor da transação para adquirir outro imóvel residencial dentro do prazo de 180 dias.

O desconhecimento dessa vantagem leva muitas pessoas a pagar pelo lucro obtido. “A dica é observar toda a legislação, especialmente quem vai trocar de imóvel, já que existem benefícios em casos de venda e compra de imóveis residenciais”, recomenda Adir. Imóveis adquiridos por até R$ 440 mil são isentos.

Upis ajuda a fazer a declaração de renda
 

Foto: Dinah Feitoza
Os estudantes da Upis prestam um serviço à população com a declaração do IR
Pelo sétimo ano, a faculdade Upis ajuda a população na declaração de Imposto de Renda. Desde o dia 4 de abril, professores e alunos de contabilidade tiram as dúvidas de contribuintes no campus I da Upis, na 912 Sul, de segunda a sexta, de 19h30 às 22h30.

Wagner Nascimento, professor e coordenador do curso de ciências contábeis, conta que o projeto faz parte das atividades complementares de alunos dos 7° e 8° semestres de contabilidade, que atendem, a cada ano, uma média de 300 pessoas. Segundo Wagner, cerca de 80% dos atendimentos são feitos nos últimos dias.

“A maior parte dos interessados nos procura aos 45 do segundo tempo. Normalmente começamos a atender mais cedo, umas 17 horas, nos três últimos dias”, diz o coordenador. As principais dificuldades em relação a imóveis são ligadas ao que pode ser tributado. As dúvidas entre a simulação simplificada ou completa e quanto ao que pode ser deduzido também são comuns.

A importância do projeto para os alunos está na perspectiva de mercado para a área. “O contador tem várias perspectivas profissionais. Hoje são cobrados, no mínimo, R$ 400 em consultorias para declarações de imposto de renda. Pode não ser uma prioridade na vida profissional de um contador, mas é algo a mais. É possível, inclusive, conseguir clientes por meio desse tipo de trabalho”, relata Wagner.

Este ano os alunos dos cursos de pós-graduação foram incluídos no projeto. Recém-
formado em ciências contábeis e pós-graduando pela Upis, Alan Barbosa trabalha no projeto há três anos. Para ele, a iniciativa representa uma oportunidade de aprendizado para os alunos e um serviço de utilidade pública à população. “A faculdade proporciona contato mais direto com os contribuintes e assim podemos saber como é a contabilidade na prática, além das salas de aula. E é um trabalho bonito da Upis, de desenvolver trabalhos sociais e trazer o cidadão para a faculdade”, opina o estudante.

As principais dúvidas atendidas, segundo Alan, são sobre a inclusão de dependentes, despesas médicas e gastos dedutíveis. Já os questionamentos sobre a discriminação de imóveis ocorrem devido à particularidade da legislação das regras, segundo o estudante. “A declaração de imóveis é muito específica. Cada caso é um estudo e uma resposta diferente. E como a legislação é extensa e pouco utilizada, acaba gerando dúvidas” .

Este ano só serão aceitas declarações enviadas ao site da Receita ou entregues em disquetes ou CDs nas unidades do Fisco e nas agências da Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil. Para o atendimento é preciso levar um CD ou disquete, o Informe Anual de Rendimentos, o comprovante de pagamento de despesas dedutíveis, extratos bancários informando saldo em conta corrente e aplicações financeiras, dados referentes a transações de compra e venda de imóvel, veículos e outros bens, contribuições à Previdência, documentos sobre bens e pagamentos a serem mencionados, e declaração de IR do ano anterior (se tiver).

Parte do mercado imobiliário deve voltar a atender só alta renda

19/04/2011 - 10h18
Parte do mercado imobiliário deve voltar a atender só alta renda


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SÃO PAULO – Uma parte do mercado imobiliário deve voltar a direcionar os empreendimentos para clientes de alto padrão, chamados tradicionais, depois de atender por um tempo a demanda da população de menor poder aquisitivo.

De acordo com o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, anos atrás, as incorporações sobreviviam no mercado imobiliário nos segmentos de classes de maior poder aquisitivo, com atuação tradicional em nichos de 3 e 4 dormitórios. No entanto, a ascensão das classes emergentes agregou uma nova e significativa demanda, que fez com que o mercado se voltasse à ela.

“Imóveis considerados econômicos precisam de estrutura empresarial específica, com adoção de tecnologia de produção em escala e até com percepção de redução das margens”, afirma Petrucci, complementando que algumas empresas voltarão a atender o mercado tradicional, de maior poder aquisitivo.

No mercado, conta ele, irão conviver empresas que terão como público-alvo as camadas populares e aquelas que voltarão a buscar mais o mercado tradicional.

Mercado imobiliário
No primeiro bimestre, o mercado imobiliário registrou redução de 38,2% nas vendas na cidade de São Paulo, frente ao mesmo período do ano passado.

Para Petrucci, é prematuro afirmar que este desaquecimento irá se consolidar nos próximos meses do ano, apesar de que em março, com influência do Carnaval, os resultados não devem mostrar a mesma desenvoltura dos anos anteriores.

Ele disse ainda que as medidas tomadas pelo governo para conter a inflação, controlando a demanda, não atingiram o setor, que continua a operar financiamentos imobiliários de forma abundante. Entre as medidas, estão as macroprudenciais tomadas em novembro do ano passado e as para conter a entrada de recursos externos.

Dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) mostram que, em fevereiro, cresceu 72,1% a concessão de empréstimos com recursos das cadernetas, frente ao mesmo período do ano passado, para R$ 5,1 bilhões.

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Novo recurso de financiamento imobiliário cresce mais que o crédito tradicional

Imóveis

Quinta, 21 de Abril de 2011

Novo recurso de financiamento imobiliário cresce mais que o crédito tradicional

 


Por Ticiane Prado
Da Redação

O sistema de financiamento imobiliário é recente no Brasil, porém, está num crescimento vertiginoso. Começou no final dos anos 90, ou seja, tem pouquíssimos anos ainda. As operações no sistema financeiro imobiliário começaram a surgir em um volume perceptível em meados dessa nova década dos anos 2000. Tendo em vista o crescente mercado imobiliário brasileiro, a procura é grande e esse novo recurso surgiu devido ao antigo recurso está em processo de esgotamento.

Os recursos das cadernetas de poupança estão se tornando insuficientes para financiar as atividades imobiliárias. É preciso surgir novas formas de financiamento e para isso foi criado o SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário), onde novos mecanismos foram criados, legislação e normas do conselho monetário do Banco Central específicas, estimulando a atuação do mercado imobiliário em parceria com o mercado de capitais. “A parceria não é só com o sistema operacional de crédito tradicional, aquele crédito dado pelo banco, o banco analisa o cadastro, analisa o crédito, concede ou não. Agora, o caminho está sendo pelo mercado de capitais. As pessoas têm que criar novas formas, novos procedimentos, novas estruturas capazes de buscar recursos no mercado de capitais, porque o crédito tradicional está se estaqueando. A caderneta de poupança está crescendo menos de 20%, enquanto o SFI cresce 40, 50%”, analisou o vice-presidente da hipotecária imobiliária Domus, Geraldo Majela.

COMO FUNCIONA
Qualquer empresário, não necessariamente um empresário incorporador de imóveis, que precisar de recursos, investimento na área imobiliária para fazer um shopping ou hospital, o que for, desde que seja imóvel, pode procurar uma companhia hipotecária para conceder o financiamento. “Digamos que a Domus não dispõe o dinheiro, ela vai buscar o recurso no mercado de capitais e articular todos os parceiros necessários da operação, de forma que o empresário seja atendido”, argumentou Majela. E completou: “A operação é estruturada e tudo acontece no mesmo dia”.

CRÉDITO IMOBILIÁRIO DIFERENCIADO
Esse tipo de crédito imobiliário é diferenciado devido a sua complexidade. No crédito tradicional, o empresário vai ao banco e o banco analisa se ele tem ou não condições financeiras de fazer o empréstimo. Ele olha a capacidade de pagamento do vendedor.

Nessa nova operação, não. “Eu olho menos o empresário, eu olho também, mas eu olho mais a operação, se for um empreendimento bastante viável eu posso financiar um volume grande a um empresário pequeno ou médio. Por que a operação é o que me dá mais tranquilidade. Analiso a operação, o projeto, tomamos uma série de cuidados para minimizar o risco da operação. E o empresário tem chance de receber o crédito com custo baixo, se a operação for boa”, explica Majela, garantindo que o principal foco é o projeto, o empreendimento.

NOVO MERCADO
Havia uma escassez de crédito. O pequeno e o médio empresário tinha dificuldade de conseguir recursos. Alguns especialistas apontam que a tendência é o método tradicional acabar. O governo vendo esse método tradicional escasso, criou uma alternativa. Parece ser mais complexa, mas a partir da segunda operação já dá para entender melhor.

Ela é mais complexa porque envolve um número maior de agentes. No tradicional é somente empresário e o banco. “O empresário chega com a proposta para companhia hipotecária e mostra seu projeto. A companhia hipotecária procura um investidor e mostra a operação para ele. Vamos numa empresa para analisar a classificação de risco dessa operação, é feito, a partir daí um relatório. Temos que ir na CETIP para registrar, liquidar a operação e depois que ser aprovado na CVM. Então, tem uma atuação de harmonizar os interesses para poder viabilizar as operações. Por isso, o empresário se mantêm no crédito tradicional, porque ele não conhece, é difícil para entender todo esse processo”, afirma o vice-presidente da companhia hipotecária Domus que se prepara para atuar no Ceará e já tem possível cliente, como é o caso do diretor da Fibra Eugênio Montenegro.

“A burocracia de financiamento é menor, a análise é mais rápida e há a possibilidade da companhia hipotecária financiar 100% do empreendimento, inclusive o terreno. Os bancos são mais restritivos. Especificamente, eles reservaram 100 milhões de reais para pequenos e médios empresários aqui no Ceará. E estamos em análise. Se der tudo certo, daqui a dois ou três meses a Fibra assinará o primeiro contrato com a Domus”, adiantou Montenegro.

O mercado imobiliário passa por um forte crescimento no Brasil, o dinheiro da poupança, do FGTS, são recursos que deverão ficar escassos até 2013. Novas fontes deverão substituir esse recurso, e uma delas é a companhia hipotecária, de onde vem dinheiro de fundos.
 

O que precisamos saber sobre a Poupança

O que precisamos saber sobre a Poupança
Bancos privados são especialistas em financiar pessoas jurídicas, pois seus saldos de financiamentos às pessoas físicas significam somente 27,15% dos saldos de poupança detidos por eles


 
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 23/04/2011 -  Celso Petrucci *

Muito se tem falado sobre o esgotamento dos recursos da Caderneta de Poupança passível de ocorrer no final de 2012 ou em 2013. Essa leitura é muito difícil para aqueles que militam no mercado imobiliário e não conseguem entender totalmente as informações “gerenciais” que são apresentadas pelos bancos à sociedade e concentradas no Mapa 4, do Banco Central.

Quando procuramos entender o quanto de recursos efetivamente os bancos (principalmente os privados) têm aplicado em crédito imobiliário nos seus balanços, estranhamos muito, pois os montantes são pouco significativos. E, para compreender melhor o direcionamento de recursos da poupança, sem tornar este artigo maçante, pretendo desenvolver uma linha de raciocínio e chegar a uma conclusão, mesmo que precipitada.

Nos últimos 12 meses – de fevereiro de 2010 a janeiro de 2011 –, o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos) aplicou R$ 55,77 bilhões para financiar 415,9 mil unidades. Houve um acréscimo de 64,10% em valores e 39,29% em unidades sobre o período anterior de 12 meses – fevereiro de 2009 a janeiro de 2010.

Os valores fechados em janeiro de 2011 foram destinados à aquisição de imóveis novos e usados (58,10%) e para o financiamento de novos empreendimentos (41,90%). Nada mal se lembramos que há dez anos o mesmo SBPE financiava apenas R$ 2 bilhões em um ano.

O saldo das cadernetas de poupança atingiu, em 31 de janeiro passado, o montante de R$ 301,191 bilhões, volume que vem crescendo acima da atualização monetária mensal calculada pela variação da TR (Taxa Referencial) e do crédito de juros calculados a 0,5% ao mês.

Ao conhecer esse saldo da poupança, poderíamos imaginar que os financiamentos imobiliários, no mínimo 65% segundo a regulamentação, já atingiram mais de R$ 195 bilhões, afinal nenhum agente está aquém da exigibilidade mínima, até onde sabemos. Porém, não é isso que encontramos, pois a soma dos financiamentos imobiliários registrados noMapa 4 é de R$ 184,004 bilhões distribuídos entre os bancos privados (R$ 89,744 bilhões) e bancos públicos (94,260 bilhões).

Esmiuçando mais esses números de saldos de financiamentos detectamos que os registrados como pessoa física representam apenas R$ 121,826 bilhões, e que os outros R$ 52,308 bilhão são de saldos devedores de planos empresários já liberados, acrescidos dos valores das parcelas remanescentes que serão liberadas até o final dos contratos.

A partir desses dados podemos concluir que os bancos privados são especialistas em financiar pessoas jurídicas, pois seus saldos de financiamentos às pessoas físicas significam somente 27,15% dos saldos de poupança detidos por eles. Já as operações às pessoas jurídicas alcançam 32,66% de suas poupanças. Por sua vez, os bancos públicos, quase que tão somente a Caixa Econômica Federal, são especialistas em financiar pessoas físicas, pois seus saldos alcançam 53,14% das poupanças enquanto o financiamento às pessoas jurídicas representam somente 2,70%. Por fim, existe um espaço ainda não mensurado para o crédito imobiliário nos próximos anos e o Mapa 4 necessita de uma “lipoaspiração”.

Acreditamos que aquelas informações gerenciais deveriam demonstrar com maior clareza à sociedade civil a realidade do cumprimento da exigibilidade, bem como permitir que se estime até quando os recursos serão suficientes ao financiamento imobiliário.

 

* Celso Petrucci é economista-chefe do Secovi-SP, diretor-executivo da vice-presidência de Incorporação Imobiliária do Sindicato e membro titular do Conselho Curador do FGTS

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Confira os 5 endereços mais caros do Brasil

A cidade do Rio de Janeiro é líder em valorização

Confira os 5 endereços mais caros do Brasil

1 - Ipanema (Rio de Janeiro)

Um dos bairros mais charmosos do Rio de Janeiro tem, em conjunto com o Arpoador e o Leblon, o metro quadrado mais caro do País. A média chega quase a R$ 11,5 mil, mas em alguns ruas esse valor alcança R$ 17 mil.
As ruas mais nobres do bairro são a Vieira Souto e a Joana Angélica. Quem mora no Leblon tem a chance de encontrar várias celebridades caminhando na praia como Chico Buarque.

2 -Lagoa com Jardim Botânico (Rio de Janeiro)

O metro quadrado dos prédios na área chega a custar R$ 13.833,  mas a média fica em R$ 8.401. A Lagoa Rodrigo de Freitas proporciona um charme todo especial ao bairro que é um dos mais famosos pontos turísticos do Rio de Janeiro. Ser palco de várias cenas das novelas da Globo também valoriza o lugar.

3 - Plano Piloto (Brasília)

Além de ser um cidade cara com um alta renda per capita, Brasília tem limitações construtivas. No Plano Piloto, os edifícios residenciais só podem ter até seis andares. Isso deixa a oferta pequena. O metro quadrado gira em torno de R$ 8 mil em áreas como a Asa Norte, Asa Sul e Sudoeste.

4 - Botafogo com Cosme Velho, Flamengo e Laranjeiras (Rio de Janeiro)

Olha aí o Rio de Janeiro mais uma vez na lista. O charme da cidade faz os preços chegarem ao topo. Botafogo e região ganharam com a falta de terrenos em Ipanema e Leblon. Os prédios são lançandos com um metro quadrado médio perto de R$ 7 mil, mas com grande potencial de valorização.

5 - Alto de Pinheiros (São Paulo)

Aposto que vocês estavam sentindo a falta de São Paulo na lista. A cidade conhecida pelos endereços comerciais caríssimos também tem bairros residenciais valorizados. O Alto de Pinheiros é arborizado e já tem uma média de R$ 6.751 pelo metro quadrado dos imóveis novos.
As informações do portal da Exame foram publicadas no ano passado e a revista tomou como base o valor médio do metro quadrado. O Recife não entrou na lista, mas a Avenida Boa Viagem já tem um dos metros quadrados mais caros do País. A média hoje gira em torno de R$ 7 mil a R$ 8 mil. A expectativa das construtoras é que esse valor chegue a R$ 10 mil no começo de 2012. Dentro de dois anos, por causa da procura e das limitações impostas pela Prefeitura do Recife para a construção, pode ser que ele já esteja perto dos R$ 15 mil, dizem os mais otimistas.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Acelera a venda de imóveis em Fortaleza

Acelera a venda de imóveis em Fortaleza
QUA, 20 DE ABRIL DE 2011 01:30 Mercado Imobiliário
 Buzz 
O Povo / CE
Imóveis em Fortaleza são vendidos em tempo médio de seis meses. Há cinco anos, se demorava até 18 meses para vender um empreendimento todo

Seis meses é o tempo médio que se leva para vender todo um empreendimento no mercado de imóveis em Fortaleza. E pensar que, há cinco anos, o corretor tinha que suar entre 16 meses e 18 meses para fechar as vendas de todos os apartamentos de um prédio. Hoje, há quem consiga vender tudo em três ou quatro dias, dependendo da localização e do preço, claro.

Em 2010, o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) cresceu 78,44% em relação a 2009, ficando em 13,46%. No ano anterior, o índice era de 7,55%, segundo dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis do Ceará (Secovi). O IVV se refere a quantidade de imóveis vendidos no mês a cada lote de cem ofertados.

"Entre outubro de 2010 e março de 2011 o setor viveu uma velocidade de vendas absurda", avalia o tesoureiro do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, Armando Cavalcante. Ele cita como exemplo o último lançamento de prédio comercial na Aldeota, da construtora Manhattan. "Em uma semana, a quase totalidade das salas comerciais do prédio foi vendida", exemplifica. Armando calcula que o prédio tenha vinte andares e, no mínimo, dez salas por andar. O metro quadrado de sala comercial na Aldeota custa em média R$ 5 mil.

Esse é o perfil que vende mais rápido em Fortaleza: unidades menores em áreas nobres, segundo o sócio diretor da imobiliária Viva Imóveis, Paulo Angelim. "Não é qualquer coisa que vende. Há que se considerar a qualidade, o preço, o tamanho e a localização", ressalta Angelim.

Em se falando de imóveis residenciais, a Aldeota e o Meireles também concentram o ritmo mais intenso de vendas. Lá, se demora entre três e quatro meses para se vender um empreendimento. Os apartamentos que vendem mais rápido têm entre 85 metros quadrados e 115 metros quadrados.

Nas regiões mais periféricas, como Maraponga, Messejana e Parangaba, se vende mais rápido imóveis entre 50 metros quadrados e 60 metros quadrados. "Na Maraponga, no entanto, vendo em um semestre o mesmo imóvel que demoro até um ano para vender na Messejana", exemplifica Paulo Angelim para explicar como varia a velocidade de vendas na cidade de Fortaleza. "Não dá para generalizar", diz.

Arrefecida
Para o presidente do Conselho de Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE), Apollo Scherer, a procura e a venda de imóveis no primeiro trimestre de 2011 desacelerou em relação ao final de 2010, por causa da sequência de feriadões. "Sentimos que a demanda recuou, mas deve ser retomada a procura e a venda maior por imóveis logo após a Semana Santa", acredita.

O tesoureiro do Conselho Federal de Corretores, Armando Cavalcante, não acredita que o ritmo acelerado das vendas irá se manter nos próximos anos.

"O volume e a velocidade de vendas continuará crescente até a Copa de 2014, mas em ritmo mais moderado. Seremos um mercado equilibrado", afirma.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O boom do mercado imobiliário de Fortaleza é comum a outras capitais brasileiras sub-sedes da Copa. O aumento da demanda foi estimulada pelo aumento do crédito, da renda e programa como Minha Casa Minha Vida.



Luar Maria Brandão
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8 Dicas para Pequenos Investidores do Mercado Imobiliário

8 Dicas para Pequenos Investidores do Mercado Imobiliário (Desenvolvimento de Produto)
QUI, 14 DE ABRIL DE 2011 00:00 EDVALDO CORRÊA Construção Civil


Pequenas empresas do setor imobiliário e investidores com capital reduzido que buscam viabilizar construções residenciais de menor porte, deparam-se com a falta de preparo para o desenvolvimento de produtos imobiliários, isto é, empreendimentos que atendam as necessidades do público-alvo e ao mesmo tempo sejam rentáveis para os empreendedores.

Sem querer esgotar o assunto, apresento neste artigo algumas orientações básicas para quem deseja atuar de forma competente e profissional no mercado.

Grandes empresas possuem profissionais especializados com gerências em boa parte das etapas que descreverei, mas é a não é a realidade para grande parcela de construtoras e incorporadoras do país.

Seguem as etapas fundamentais:

1º  - Escolha do Terreno
Sabe-se que boa parte do sucesso do empreendimento passa por escolher um terreno que atenda requisitos básicos como a "qualidade" da vizinhança, verificação de eventuais áreas degradadas no entorno, condições de posicionamento com relação ao sol, vista comprometida, nível de poluição, quantidade de serviços disponíveis como creche, escola, comércio, transporte público, além de barreiras ambientais e legais para construção.
Dê atenção a esta etapa. Faça parceria com um bom corretor ou imobiliária, que pode lhe ajudar a dar foco e ganhar tempo.

2ª - Vocação do Terreno e Negociação
Cada terreno possui um público-alvo específico e alguns produtos imobiliários que podem ser desenvolvidos, conforme renda, idade, ocupação do chefe de família, estilo de vida, perfil cultural, fatores sociais e entorno do futuro empreendimento, por exemplo.
Nesta fase, é importante definir o posicionamento e a proposta de valor para o mercado. Aquilo que se pretende passar para o consumidor. Será que a empresa quer vender um conceito de clube, de tecnologia, de segurança, artístico ou quem sabe ser  sustentável?

Consequentemente, conforme a decisão, tem-se um índice de velocidade de vendas diferenciado, que precisa ser analisado, quando da negociação do valor de compra ou permuta com o proprietário. Feito isto, pode-se  simular o Demonstrativo de Resultados e buscar fechar um bom negócio.

3º – Análise da oferta
Antes de seguir, dedique algum tempo para verificar os imóveis que estão sendo produzidos e comercializados no bairro ou na região e visitar os "stands" de vendas dos lançamentos (fotografe, consulte, pegue folders, anote preços e condições, etc.).

Ainda, acompanhe os estudos dos sindicatos e associações setoriais verificando o número de unidades vendidas, tamanho dos imóveis, número de quartos, preços médios, datas de lançamento nesta mesma região. Normalmente estas informações são mensais. Após, identifique quais são os empreendimentos de sucesso e os pontos críticos dos projetos "vencedores". Você terá mais chances de acertar.

4º – Diferenciação do produto ou "commodity"
Quais os diferenciais do produto que você quer desenvolver? Ou os diferenciais estarão somente na empresa? O que leva o consumidor a seduzir-se pelo seu empreendimento? Ou ele é uma "commodity"? Saiba de antemão os riscos de fazer o mesmo que os concorrentes.
É preciso que a empresa tenha claro o que ela está oferecendo. Somente o atendimento, boas experiências anteriores, imagem ou marca podem não ser suficientes para a venda.

5º - Projeto e equipe de construção
Deixe o projeto com um bom arquiteto, que entenda as características que você pesquisou e detectou, bem como tenha conhecimento da região onde será executada a obra. Acompanhe cada fase dos estudos até o projeto arquitetônico final e os complementares. O "dono" tem que ter um olhar cuidadoso para não reclamar no futuro.

Quanto à equipe de construção, opte por uma construtora reconhecida, que preste bons serviços. Avalie o acervo técnico e eventuais reclamações no PROCON. Caso você opte por construir diretamente com um engenheiro civil e equipe de profissionais autônomos, conheça os riscos e as vantagens, antes de começar as obras.

Muito cuidado com nome do empreendimento, fachada, áreas comuns, apartamento decorado, boa humanização e 3D! Ainda dá tempo de refazer o que for necessário. Mudar um projeto é menos oneroso que durante a obra!

6º – Escolha da Imobiliária e Preparação do "Stand"
Pelas características do empreendimento, avalie se é melhor fazer uma venda mista ou somente com corretores terceirizados. Em geral, pequenas empresas não devem ter esta estrutura, mas contratar uma boa imobiliária, que conheça a região onde está o empreendimento e possa formatar uma boa planilha de preços, conforme as fases da obra e velocidade de  vendas. Além de que parte-se do pressuposto que os corretores "falam a língua" deste público.

Também exige-se que os corretores sejam capacitados. Você e a imobiliária podem realizar um treinamento técnico, com detalhes do produto, identificando o que impressiona o cliente, um roteiro de apresentação, como cadastrar o cliente, etc. Arrumar os trabalhos quando já estiver tudo em andamento é perigoso. Depois, pode-se treinar as objeções do cliente. Como você visitou os concorrentes, busque salientar os pontos críticos, com bons argumentos para os corretores da imobiliária parceira.

Quanto à estruturação do "stand" de venda, busque preparar o ambiente mais adequado possível ao produto. Se for o caso, e houver recursos monte um "show room", com um apartamento decorado, que tenha boa iluminação e som ambiente, no mínimo.

Sua empresa e a imobiliária devem impressionar! Serem educados! Dificilmente tem-se uma segunda chance de vender para o mesmo cliente.

7º – Lançamento
Partindo do pressuposto que seu imóvel é adequado, agora é lançar o  empreendimento. Para tanto, é preciso estimular a demanda, gerar expectativa de compra e trabalhar o emocional.

Feche bons negócios a partir de garantias mínimas para os clientes e com condições vantajosas para eles. Guarde de 3 a 4 %, dependendo do produto para o marketing do imóvel.  Esta definição vai depender do tamanho do empreendimento e do público. Faça um lançamento no plantão de vendas, pois, quem sabe mesmo antes das obras iniciarem sejam fechadas 100 % das vendas com o imóvel ainda na planta!

8º – Relacionamento
Mantenha contato com os clientes, mesmo para aquelas unidades já vendidas. Use e abuse dos recursos de internet e mídias sociais, que tem baixo custo. Quem sabe estes clientes podem indicar outros compradores.

Apresentamos aqui as principais etapas, que podem ser antecipadas com a contratação de uma consultoria especializada ou uma pesquisa de mercado. Tente sempre ter boas empresas lhe apoiando. Diminui o risco e aumentam as chances de sucesso.

Bem, agora é construir! Boa sorte nos negócios!
 
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