segunda-feira, 23 de maio de 2011

dicas para a aquisição de um imóvel na planta

Nós já vimos os cuidados a serem tomados na compra de um imóvel usado, agora acompanhe as dicas para a aquisição de um imóvel na planta:

1 – A grande vantagem de adquirir um imóvel na planta é o preço, geralmente de 20 a 30% mais barato que o usado. Além disso, tudo é novo e, teoricamente, deveria funcionar bem durante muitos anos.
2 – O ponto negativo é ter que esperar dois ou três anos para tomar posse do imóvel.
3 – Muitos conselhos que servem para os imóveis usados também podem ser aplicados aos imóveis adquiridos na planta. A localização em relação ao sol é um deles. Prefira imóveis voltados para o leste. Sendo apartamento, andares altos, de frente, com varanda, são melhores e mais valorizados. Não se esqueça de ver se há área de serviço, espaço para lavadora, etc.
4 – Vá pessoalmente ao local. Observe a vizinhança, transporte, presença de comércio, como recomendado para os imóveis usados.
5 – Examine o memorial descritivo do imóvel. Ali estão os compromissos da construtora. Folhetos são bonitos, mas não garantem nada.
6 – Consulte a Prefeitura para ver se a planta está aprovada, sem pendências. Veja se há hipotecas. Algumas hipotecas são normais, principalmente quando a construção é financiada por um banco. Peça ajuda de um consultor.
7 -  Verifique se a construtora já entregou outros imóveis, se cumpriu prazos, se houve reclamações. Faça uma pesquisa na internet. Lembre-se de que suas economias e grande parte de sua renda futura serão canalizados para esta compra, talvez a mais importante da sua vida.

domingo, 22 de maio de 2011

Minha Casa, Minha Vida muda, mas ainda permite especulação

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Minha Casa, Minha Vida muda, mas ainda permite especulação
SÁB, 21 DE MAIO DE 2011 00:00 Habitação
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Gazeta do Povo / PR, Alexandre Costa Nascimento
Alterações na segunda fase do programa limitam ação de quem usa o subsídio para lucrar, mas cadastro dá margem a "uma revenda por pessoa"

Após as denúncias de especulação com imóveis subsidiados do Minha Casa, Minha Vida, o governo decidiu rever as regras do programa habitacional em sua segunda fase. No entanto, embora as mudanças tenham sido elogiadas e evitem muitas situações de revenda dos imóveis com lucro, ainda há brechas que podem ser aproveitadas por especuladores.
De acordo com o texto aprovado pela Câmara e pelo Senado, os imóveis só poderão ser transferidos a terceiros após a quitação total do financiamento e sem o uso de subvenção econômica – ou seja, o uso de recursos subsidiados para quitação antecipada do imóvel. O programa impedirá ainda que essa recompra seja feita com o uso de subsídios. A medida, no entanto, valerá apenas para os imóveis destinados a famílias com renda mensal de até R$ 1.395, o que abrange cerca de 60% dos beneficiários do programa.

Para a parcela restante, o governo aposta na criação de um cadastro único que impeça que um beneficiário faça uso de novo subsídio para aquisição de outro imóvel – no entanto, o cadastro não evita que uma pessoa obtenha lucro revendendo rapidamente um imóvel comprado pelo programa; no máximo, ela não poderá repetir o procedimento. "Partimos do princípio que o subsídio é para a pessoa, e não para o imóvel. A restrição à venda na faixa até três salários garante que quem mais precisa não vai usar o imóvel para especular. Já o cadastro nacional vai evitar que um beneficiário use o subsídio mais de uma vez", diz o relator do projeto na Câmada dos Deputados, deputado André Vargas (PT-PR).

No início de março, a Gazeta do Povo mostrou casos em que imóveis do Minha Casa que custaram R$ 55 mil para o governo (R$ 17 mil de subsídio e R$ 38 mil financiados) estavam sendo refinanciados para terceiros por cerca de R$ 125 mil. Assim, um mesmo apartamento acabava recebendo R$ 180 mil de dinheiro público – valor suficiente para garantir três imóveis do programa.

Essa possibilidade também favorecia a especulação imobiliária, na medida em que alavanca dinheiro para a compra de imóveis mais caros.

Segundo o relator, a mudança visa corrigir a distorção verificada na primeira fase do programa, em que imóveis do Minha Casa, Minha Vida foram objeto de especulação imobiliária, sendo revendidos a preço de mercado com ágio de até 700% sobre o valor financiado inicialmente. Além disso, o subsídio – que pode chegar a R$ 17 mil – passa a ser deduzido mensalmente em cada prestação do financiamento. Antes o valor era descontado do valor inicial do imóvel, como uma espécie de entrada bancada pelo próprio governo.

"A segunda fase está aperfeiçoada e corrige alguns problemas do programa. A primeira fase tinha dois objetivos: construir casas para reduzir o déficit habitacional e enfrentar a crise econômica. Hoje não há crise, não há mais o risco de desemprego. Agora há uma situação que permite uma política habitacional de fato para ser implantada ao longo de quatro anos", avalia o deputado.

Segundo Vargas, a urgência na aprovação do programa diante da crise econômica permitiu que "alguns equívocos" fossem cometidos. "A nova fase não só coíbe esse equívocos como também agiliza o processo de ocupação de áreas, através da regularização fundiária. Cabe agora à Caixa exigir que as construtoras façam casas de qualidade", diz.

Repercussão

A alteração foi bem recebida pelos movimentos sociais ligados à causa da moradia. "Essa é uma pauta que o movimento sempre reivindicou. Não havia nada que proibisse especulação, o que acabava permitindo que alguns, mal-intencionados, usassem o programa para enriquecer, tirando a chance de beneficiar quem realmente precisa", diz a coordenadora da União Nacional por Moradia Popular no Paraná (Unmp-PR), Maria da Graça.

Ela cita também a nova regra que permite a mulheres separadas, sem o divórcio legal, firmar o contrato do imóvel mesmo sem a assinatura do marido. Neste caso, o imóvel fica apenas no nome da mulher. "O programa melhorou, mas ainda não está 100%. Ainda é preciso avançar na questão da agilidade. A burocracia faz parte do sistema para combater a corrupção. É claro que o programa precisa ser transparente, mas pode também ser ágil. A população tem urgência disso, mas esbarra na burocracia da Caixa, na demora na publicação dos editais pelo Ministério das Cidades", critica a coordenadora.

Metas

Na segunda etapa, o governo pretende contratar 2 milhões de unidades até 2014. O investimento previsto é de R$ 71,7 bilhões ao longo de quatro anos, com 60% destinados a famílias com renda mensal de até R$ 1.395.

O projeto aprovado fixa em R$ 4.650 – equivalente a dez salários mínimos em 2009 – a renda familiar máxima para participação do programa. O valor poderá ser atualizado futuramente, desde que não ultrapasse o limite de dez salários mínimos vigentes (equivalente a R$ 5.450 atualmente).

A medida provisória, já aprovada pela Câmara e pelo Senado, aguarda agora a sanção presidencial, o que está previsto para ocorrer até o dia 30 deste mês.
Minha Casa 2.0

Confira as principais alterações no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida:

Subsídio

Como era

Limite máximo de R$ 17 mil de subsídio por imóvel.

Como fica

Mantêm-se as regras vigentes, complementadas com a criação de um cadastro nacional para evitar a concessão de mais de um benefício para uma mesma pessoa. A subvenção será concedida exclusivamente a mutuários com renda mensal de até R$ 2.790, em uma única vez, por imóvel e por beneficiário.

Transferência

Como era

Possibilitava a revenda do imóvel antes do fim do financiamento. Em Curitiba, algumas unidades foram vendidas após a entrega das chaves com agia de até 700%.

Como fica

Proíbe a revenda do imóvel até a quitação da dívida. A transferência só será permitida se a dívida for quitada sem o uso de subsídios. A medida vale apenas para famílias com renda mensal até R$ 1.395.

Faixa de renda

Como era

O teto do programa era de dez salários mínimos, ou R$ 5.450 de renda mensal familiar.

Como fica

Na nova versão o limite foi fixado em R$ 4.650, com o objetivo de beneficiar as famílias de menor renda.

Assinatura no contrato

Como era

Exigia a assinatura do cônjuge, em casos de separação de fato, não oficializada pela Justiça.

Como fica

Deixa de exigir a assinatura do cônjuge nos contratos de famílias chefiadas por mulheres, com renda mensal até R$ 1.395.

Localidade

Como era

Limitado aos municípios com mais de 100 mil habitantes ou nas regiões metropolitanas.

Como fica

Poderão participar do programa municípios com mais de 50 mil habitantes. Já as cidades com população entre 20 mil e 50 mil, que apresentaram grande crescimento demográfico nos últimos anos, também poderão receber projetos.

Prioridade

Como era

Não havia definição de prioridades no cadastro. Os governos estaduais e municipais utilizam seus cadastros de programas habitacionais, com critérios diversos.

Como fica

Passam a ter prioridade as famílias em situação de risco, que vivem em locais insalubres ou desabrigadas. Famílias com deficientes físicos também passam a ter prioridade.
Para o alto

Cai limite de cinco andares para prédios do programa

A segunda fase do Minha Casa, Minha Vida extingue o limite de construção de cinco andares para prédios residenciais. O texto aprovado deixa a limitação dos empreendimentos sob as regras dos governos locais. A medida, segundo o governo, tem como objetivo possibilitar um melhor aproveitamento do espaço em capitais e grandes centros, em que o custo dos terrenos é mais alto. O programa permitirá ainda a exploração comercial dos andares térreos de empreendimentos, desde que o aluguel seja revertido para o condomínio.

Outra alteração dá prioridade no atendimento às famílias que residem em áreas de risco, em lugares insalubres ou estejam desabrigadas. O cadastro também passa a favorecer famílias com deficientes físicos.

Segundo o deputado André Vargas, o programa também deve melhorar a distribuição de projetos em municípios menores para famílias com faixa de renda até três salários mínimos. "As cidades de até 50 mil habitantes passam a ter maior participação no programa, antes limitado às cidades-polo com mais de 200 mil habitantes", diz. Segundo o deputado, a mudança permitirá a inclusão de 27 municípios paranaenses, como Arapoti, Ibiporã e Santo Antônio da Platina. Em todo o país, serão 278 municípios beneficiados, segundo o relator.

O Minha Casa, Minha Vida também passará a autorizar o custeio para aquisição e instalação de equipamentos de aquecimento solar ou que contribuam para a redução do consumo de água em moradias. O texto reduz ainda a subvenção econômica para as taxas cartoriais de registro de imóveis, elevando de 20% para 50% o custo para famílias com renda entre zero e três salários mínimos. (ACN)
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domingo, 1 de maio de 2011

Imoveis Classe A Exclusivo e Classe D e F Inclusão

SÃO PAULO – No mercado imobiliário, uma das principais diferenças entre o comportamento da classe A e da classe média é que a primeira busca o exclusivo, enquanto a segunda procura apenas a inclusão, avaliou o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), João Crestana. 

Na edição 2011 do Encontro do Mercado Imobiliário, realizado nesta semana, Crestana afirmou que o segmento imobiliário deve voltar sua atenção ao público que pertence à classe C, já que este terá grande peso na busca de imóveis nos próximos anos. 

Esta classe, hoje, já atinge metade da população brasileira com idade entre 12 e 64 anos. 

Padrão de consumo
O mercado atualmente conta com a vantagem de que grande parte da classe média socializa informações acerca dos seus padrões de consumo. De acordo com dados do Ibope, aproximadamente 60% da população pertencente a esta camada social compartilha tais dados, contra 20% da classe A e B que o fazem. 

Crestana ainda destacou que “a classe C representa hoje 80% dos consumidores que pretendem comprar uma casa, 69% dos que pretendem comprar um apartamento e 86% dos que pretendem comprar um terreno”. Neste contexto, a dica é ficar atento às várias formas de comunicação para este segmento.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pela 1ª vez, Messejana entre bairros mais aquecidos 28/4/2011

Pela 1ª vez, Messejana entre bairros mais aquecidos
28/4/2011

Messejana, um dos bairros mais tradicionais da Capital cearense, pela primeira vez na série histórica dos estudos do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação do Ceará (Secovi-CE), entrou na lista das seis localidades que tiveram o maior aquecimento do mercado imobiliário em um período de 12 meses. A comercialização de imóveis ultrapassou R$ 151 milhões naquele bairro, em 2010. Os dados foram apresentados, ontem, em coletiva para a imprensa no Gran Marquise Hotel, no Balanço do Mercado Imobiliário de Fortaleza e da Região Metropolitana, feito pelo Instituto de Pesquisas e Estatísticas do Secovi (Inpes).

De acordo com o presidente da entidade, Sérgio Porto, a maior oferta de crédito, facilidade para a realização de financiamentos e o ganho real no salários das classes C e D motivaram o aumento das negociações em Messejana e em outros bairros como o Montese, por exemplo.

Porto das Dunas lidera

Nem Meireles, nem Aldeota, tampouco bairro de Fátima assumiram a ponta no volume de vendas imobiliárias. Os tradicionais locais de maior movimentação financeira até voltaram, ao lado do Cocó, a figurar entre os bairros onde houve mais movimentação financeira, em Fortaleza, no ano passado. Contudo, todos foram desbancados pelo Porto das Dunas, em Aquiraz, situado na Região Metropolitana de Fortaleza, localidade que apresentou o mais alto volume movimentado em 2010, pouco mais que R$ 571 milhões. "Há uma tendência, especialmente depois do Acqua Ville, das classes A e B procurarem aliar lazer e moradia. Além disso, há estrangeiros que desejam instalar a 3ª residência em outro País e escolhem o Ceará, para passar uma temporada", comentou Sérgio Porto.

Entraves

Segundo ele, é necessário superar mais barreiras na liberação do crédito, apesar do muito que já se avançou. "Não que seja uma crítica à Caixa, que teve de se reinventar ao pular de R$ 4 bilhões para R$ 56 bilhões financiados, mas precisamos de mais competitividade entre os bancos. Esse mercado ainda é muito concentrado na Caixa", sugeriu. Segundo ele, a concorrência mais acirrada entre as instituições bancárias para financiar a compra da casa própria é interessante para o mercado.

Outro problema mais local, segundo Porto, é a questão do terreno. Ele defendeu a aplicação do IPTU progressivo para reduzir as especulações e estratagemas de pessoas que tiram proveito da valorização de alguns bairros. "Sou contra a especulação. Na área do Castelão, por exemplo, muitos estão falando em deixar o terreno sem empreendimentos até ficar mais caro para a Copa de 2014. Com o aumento progressivo do IPTU, essa prática pode ser inibida".

Sérgio Porto destacou uma reformulação no Secovi. "O Sistema Secovi teve de se reinventar, mudamos a logomarca, incorporamos cinco entidades. Tivemos que reaprender a vender, a refazer planilhas e a negociar não só com as classe A e B, mas também com as mais emergentes", resumiu.

BOOM DO SETOR
Vendas de imóveis chegam a R$ 2,5 bilhões na RMF

Setor imobiliário da RMF movimentou 70% a mais do que no ano passado, quando foi girado R$ 1,4 bilhão

O volume total movimentado no ano passado foi oficialmente divulgado, ontem, pelo Secovi-CE. Foi atingido o valor recorde de R$ 2,5 bilhões com a venda de imóveis na RMF, um montante um pouco acima do que já havia sido antecipado há menos de um mês pelo próprio presidente da entidade. A elevação foi de 70% sobre similar intervalo do ano imediatamente anterior (R$ 1,4 bilhão), e de 324% sobre o fluxo registrado há cinco anos (R$ 593 milhões).

Já o valor médio do metro quadrado da Capital cearense também subiu. Saiu de R$ 2.942,48, em 2009, para R$ 3.466,71, no ano passado. Um acréscimo de 17,8%. "O que existe é uma equalização em todas as grandes cidades do Nordeste", comentou o presidente do Secovi-CE, Sérgio Porto.

Ele destacou a alta de 71% no preço do metro quadrado do apartamento de apenas um quarto. "Houve esse aumento por conta do perfil dos compradores. Homens com mais de 40 anos, solteiros, com a parte financeira consolidada, e com desejo de viver em bairros mais nobres", ressaltou.

Dois quartos

Em contrapartida, houve uma leve retração no custo do metro quadrado para apartamento de dois quartos (-5,81%). Nesse caso, contou Sérgio, é uma tendência de oferecimento maior desse tipo de imóvel para camadas mais populares ao invés das classes A e B. "Houve uma oferta muito grande para as classes C e D. Por isso, caiu o valor dos imóveis", complementou, lembrando que no próximo balanço será contabilizado o total movimentado pelo programa de habitação do governo federal Minha Casa, Minha Vida. "No próximo levantamento, traremos segregada essa informação e também o valor somado com as unidades contratadas do Minha Casa", contou.

No quesito unidades vendidas, o Secovi-CE indicou que houve um acréscimo de 44,5% em 2010 sobre igual período imediatamente anterior.

Unidades vendidas

Foram vendidas 8.368 unidades ante 5.791, em 2009. Em relação a 2008, quando foram comercializadas 5.264, o crescimento foi de 58,9%. A média mensal de vendagem de imóveis foi de R$ 209 milhões ante R$ 123 milhões de 2009. Alta de praticamente 70%.

"Se hoje não fizéssemos mais nenhuma incorporação até o fim do ano, tudo o que já foi lançado seria vendido em oito meses", com essa declaração, o presidente do Secovi-CE abriu a apresentação que mostrou o comportamento do mercado em relação aos imóveis lançados, em 2010. Segundo ele, os números mostram uma tendência de verticalização.

Verticalização

"No ano passado, foram lançados 73 empreendimentos com 9.583 unidades, no total. Em 2009, foram 53 novidades, com 5.622 unidades. Isso mostra o fenômeno de mais torres em cada lançamento desses", disse.

Outro indicador importante foi o Índice de Velocidade de Vendas (IVV). Conforme o Secovi, em 2010, de cada 100 imóveis colocados à venda, 12 foram comercializados mensalmente. O IVV bateu 12,63% ante 9,68%, de 2009, e 7,78%, de 2008, evidenciando dinamismo e aquecimento do setor.

BAIRRO TAMBÉM EM ALTA
Guararapes ´injustiçado´ no ranking

Contestando os dados apresentados pelo Secovi referentes aos bairros da cidade que movimentaram maiores quantias durante o ano passado, o proprietário da construtora Dias e Sousa, Patriolino Ribeiro, garantiu que o bairro Guararapes estaria, pelo menos, entre os cinco primeiros do ranking.

De acordo com ele, foi movimentado um montante de cerca de R$ 170 milhões em comercialização de empreendimentos no Guararapes, o que representa um valor acima dos R$ 151 milhões registrados pelo Secovi em vendas no bairro da Messejana, o sexto do ranking.

"Foram, realmente, vendidos muitos empreendimentos; movimentado um valor muito grande em uma velocidade excepcional no Guararapes durante o ano de 2010", garantiu Ribeiro. De acordo com ele, algumas construtoras tiveram, no período de apenas 15 dias, a venda de apartamentos e salas comerciais encerrada.

Confusão geográfica

A explicação para o bairro não ter figurado entre os que tiveram maiores índices de venda na Capital pelo Secovi se dá, segundo o próprio Ribeiro, por uma "confusão a respeito dos limites do Guararapes".

"O Guararapes começa na altura da concessionária Iguauto, na Rua Rogaciano Leite, e segue até a Câmara Legislativa, até a Faculdade 7 de Setembro, voltando pela Avenida Washington Soares", afirmou o empresário. O que ocorreu, segundo Ribeiro, é que muitas das construtoras não conhecem os limites exatos do bairro e acabam repassando dados equivocados para o Secovi.

Secovi responde

Diante do protesto, o presidente da Secovi, Sérgio Porto, admitiu que não conhecia os limites mencionados por Ribeiro e, em seguida, afirmou que os números do Guararapes estariam "diluídos entre Aldeota e Cocó".

Porto ainda garantiu que iria conferir junto ao Inpes para constatar tais limites e verificar o investimento de construtoras na área determinada.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Imóveis comprados na planta podem ter valorização de até 70% durante a obra

Imóveis comprados na planta podem ter valorização de até 70% durante a obra
Com o mercado imobiliário aquecido, compras de lançamentos têm se tornado cada vez mais comuns e vantajosas

Victor Machado
*Colaboração
25/4/2011

O mercado imobiliário aquecido aumentou o número de lançamentos de imóveis, e a compra deles ainda na planta tem se tornado uma alternativa cada vez melhor. Segundo o delegado do Conselho Regional dos Corretores de imóveis de Juiz de Fora (Creci/MG), Ronaldo Tomaz, essa prática possibilita programar os gastos e adquirir o imóvel ideal, além de ganhar com uma valorização de até 70%.
De acordo com Tomaz, o imóvel é comprado no valor do mercado da época e parcelado ao longo da obra. No entanto, ao longo desse período, a valorização supera o valor da compra. "O reajuste das parcelas ao longo da obra é de acordo com o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), que está girando em torno de 5% a 6%. O imóvel pode ter uma valorização de 70%. Um exemplo é um apartamento no Estrela de Sul, de dois quartos, comprado por R$ 140 mil e que, após o término da obra, valia R$ 250 mil."
Tomaz explica que essa prática tem se tornado comum, por causa das facilidades encontradas no mercado. "Além de estar aquecido, o mercado está criando facilidades para os compradores. Com o crescimento dos lançamentos, essa prática tem se tornado mais comum. Através da compra na planta, é possível encontrar imóveis na localização e condições ideais."
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O corretor aponta a facilidade nas condições de pagamento. Segundo ele, hoje em dia, é possível comprar um imóvel com um sinal pequeno. "Já existe sinal de R$ 10 mil a R$ 40 mil e o restante dividido em parcelas. Com isso, o comprador consegue programar o pagamento ao longo da obra e não se complicar." Tomaz afirma que a única desvantagem é o cliente não poder ocupar o imóvel no ato da compra.
Segundo Tomaz, não existe um perfil de compradores de imóveis na planta. "Hoje em dia a procura maior está em imóveis de até R$ 250 mil e, normalmente, são pessoas que desejam comprar em algum lugar específico. Temos muitos casos de estudantes que chegam a Juiz de Fora e percebem que é melhor comprar do que alugar. O preço da prestação é semelhante ao do aluguel e ele ainda vai ser proprietário do imóvel, que terá valorização."
Os bairros São Mateus, Alto dos Passos, Bom Pastor, Granbery e São Pedro (ver mapas) são os apontados como os que possuem mais lançamentos. "Existe obra em todas as regiões, mas essas são as principais. O bairro São Pedro tem tido muitas construções."
Cuidados
Apesar de ser um negócio atraente, Tomaz alerta que é necessária preocupação no ato da compra. Segundo ele, é preciso conferir se a planta do imóvel e o acabamento estão registrados em cartório, para que não haja mudanças no projeto. Além disso, o consumidor deve estar atento à incorporação da planta. "Imóveis na planta só podem ser vendidos se tiverem incorporação imobiliária. Através dela existe comprometimento da construção."
Também é preciso ter cuidado com os registros dos profissionais envolvidos na compra. Tanto o corretor quanto a imobiliária devem ser cadastrados no Creci. "Com o mercado aquecido, existem muitas pessoas se passando por corretores ou se aventurando em construir prédios."
Com esses cuidados, é possível evitar preocupações durante e depois da obra. Tomaz comenta que em casos de atrasos, por exemplo, é possível que os compradores do imóvel se unam para pedir a saída da construtora da obra. "Obviamente que existem todos os trâmites legais, mas pode acontecer." No entanto, ele aponta que há alguns atrasos que já são previstos na obra. "Períodos longos de chuvas e a falta de profissionais podem causar paralisações. Infelizmente, a falta de profissionais tem atingido bastante."
Documentação
De acordo com o corretor, não existe diferenças na documentação necessária para a compra de imóveis na planta, em relação aos que já estão prontos. Tomaz comenta que o comprador gasta em torno de 4% a 5% do valor do imóvel com documentos. "Em um apartamento de R$ 200 mil, os gastos com documento devem chegar R$ 7 mil a R$ 8 mil." Segundo ele, já existem bancos que disponibilizam financiamento desse valor.

domingo, 24 de abril de 2011

O BONDOSO FREI - FELIZ PÁSCOA

O BONDOSO FREI

Em uma pequena comunidade medieval na Europa, vivia um Frei que possuía um coração generoso. Ele auxiliava a todas as pessoas de seu povoado. Nas primeira horas do dia, o bondoso Frei já se encontrava às portas de seu mosteiro para auxiliar, dentro de suas possibilidades, as pessoas carentes do corpo e do espírito.

O caridoso Frei atendia desde problemas materias, como a necessidade de alimento e vestuário, até complexos problemas existenciais. Ele era um grande psicólogo dos dilemas humanos. Muitos casamentos e relações familiares foram salvas pelas palavras meigas e sábias do generoso servo de Cristo.

O seu trabalho era dedicar-se ao próximo sem distinguir o rico do pobre, o suserano do vassalo ou a classe real da plebe. O Frei compreendia que a verdadeira caridade não espera nada em troca e não escolhe os beneficiados. Ela simplesmente age por agir!

As pessoas do seu povoado diziam ser o Frei um anjo ou um santo de Deus em missão na Terra, porque ele nada fazia para si, somente para os outros. E quando lhe perguntavam o que ele gostaria de receber em contrapartida por toda a sua generosidade, ele respondia que já possuía tudo o que desejava através das bênçãos de Jesus.

Mas, na verdade, o amigo dos necessitados tinha um desejo que guardava oculto em seu coração. Ele desejava que Jesus lhe aparecesse em espírito para que ambos pudessem conversar. O bondoso Frei sonhava com a oportunidade de esclarecer, junto ao Mestre, as suas dúvidas sobre os ensinamentos do Evangelho e poder confraternizar com aquele que era o seu exemplo de vida e meta a atingir em sua dedicada existência.

Os anos se passavam e o bom Frei  trabalhava incessantemente, acalentando em seu coração a realização de seu sonho, sempre colocando em primeiro lugar, o amor e o espírito de caridade aos seus semelhantes.

Até que, certo dia, após acordar e preparar-se para atender aos necessitados, ele dirigiu-se ao quarto para pegar seus óculos e teve uma adorável surpresa: Lá, encontrou o governador espiritual da Terra, Jesus.

Em profunda emoção, o Frei  disse:
- Mestre, tu atendeste ao meu pedido!

Os olhos do abnegado Frei estavam marejados de lágrimas, fruto da forte emoção, quando ele ouviu algumas batidas agitadas em sua porta.

O Frei ficou confuso sem saber o que fazer, enquanto Jesus o fitava com um olhar misterioso. Passados alguns poucos segundos, o Frei colocou as mãos no rosto e disse:

- Mestre, me desculpa, mas não posso deixar de atender minha gente!

O amado e bondoso Frei girou sobre os calcanhares e correu até a porta sem olhar para atrás. E naquele dia, estendeu-se em sua porta uma longa fila de necessitados que reclamavam o seu auxílio para assuntos urgentes que somente o bom servo de Deus poderia solucionar.

As pessoas estranhavam o abatimento de seu coração e lhe perguntavam sobre o que havia ocorrido. Ele apenas respondia que tudo estava bem e que estava apenas com um pequeno resfriado.

O dia passou rápido. E quando a última pessoa foi atendida, a noite já ia alta. Cansado e triste, ele retornou ao quarto para repousar.

Ao passar a soleira da porta, ele teve uma divina surpresa. Jesus estava lá, em seu quarto, sentado aos pés da cama. O Frei, irradiante de alegria, perguntou ao sublime rabi da Galiléia:

- Mestre, o Senhor me esperou?
E Jesus, com seus vivos olhos, cheios de amor e carinho, respondeu irradiando sabedoria e amor:

- Se tu tivesses ficado, eu teria ido embora!

* Nunca pare a obra de Deus! Cuide em ajudar as pessoas que estão com problemas a sua volta, pois Deus é que está cuidando dos seus.

Deus lhe abençoe e FELIZ PÁSCOA

sábado, 23 de abril de 2011

Como declarar o seu imóvel para a Receita

Como declarar o seu imóvel para a Receita

Preencher corretamente a declaração do Imposto de Renda é tarefa que causa dúvidas, sobretudo quanto à discriminação dos imóveis. Atenção à legislação ajuda a evitar erros
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evieira@jornaldacomunidade.com.br  Redação Jornal da Comunidade

Foto: Sandro Araújo
O supervisor Joaquim Adir explica o que se deve fazer para declarar o imóvel na planta na declaração à Receita Federal
Todo ano os brasileiros declaram despesas, bens e rendimentos à Receita Federal pela Declaração de Ajustes Anuais do Imposto de Renda das Pessoas Físicas. A declaração é obrigatória e gera dúvidas quanto ao que pode ser declarado e em que situações se paga ou recebe. É obrigado a declarar quem tiver recebido rendimentos brutos tributáveis superiores a R$ 22.487,25. Dentre as dúvidas dos contribuintes estão as regras de declaração de imóveis.

O primeiro passo é apontar o tipo de imóvel a ser declarado – terreno, edificação, galpão ou loja –, marcando um código na ficha. No campo “discriminação” o declarante deve informar em que condições o imóvel foi adquirido, se foi quitado, financiado pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH) ou outra linha de crédito, ou comprado direto na planta.

“No caso de imóveis na planta, a pessoa vai discriminar o endereço, valor da compra, se deu entrada, e as parcelas desde o mês em que comprou até dezembro de 2010. Depois, todo ano vai adicionando as prestações quitadas”, explica Joaquim Adir, supervisor nacional do Programa do Imposto de Renda. Informações como localização do imóvel e valor da compra também são fornecidas nessa etapa.

Caso o imóvel tenha sido quitado e declarado nos anos anteriores, as informações são repetidas na declaração do ano vigente. “Se é uma compra normal, basta colocar o preço e a especificação do imóvel e a data da compra”, afirma Adir. O valor declarado é sempre o mesmo, pois fatores como valorização no mercado não são considerados pela Receita.

Há, no entanto, uma situação em que o valor do imóvel aumenta na declaração. Se o dono do imóvel tiver realizado obras e reformas no local, ele pode declará-las. “Suponha que o imóvel tenha custado
R$ 40 mil e os gastos com as obras tenham sido de R$ 10 mil. Ele vai colocar esse valor em benfeitorias no imóvel e discriminar o que foi feito”, exemplifica Adir.

O problema, diz o supervisor, é que a maioria das pessoas não guarda os recibos dos pagamentos de serviços, fornecedores e materiais, o que é essencial para comprovar as despesas.
Reformas ou obras feitas antes de 1988 são declaradas em “bens e direito”. As mais recentes são declaradas em “discriminação”, constando localização e valor.

Atenção à venda de imóveis
Apesar dos frequentes questionamentos sobre compra e reforma, as maiores dificuldades surgem quando o assunto é venda de imóveis, avalia Adir. Em geral, a legislação que dispõe sobre o imposto de renda das pessoas físicas determina cobrança de 15% sobre o lucro resultante da venda, caso exista. Mas são isentos aqueles que vendem seu imóvel residencial e utilizam o valor da transação para adquirir outro imóvel residencial dentro do prazo de 180 dias.

O desconhecimento dessa vantagem leva muitas pessoas a pagar pelo lucro obtido. “A dica é observar toda a legislação, especialmente quem vai trocar de imóvel, já que existem benefícios em casos de venda e compra de imóveis residenciais”, recomenda Adir. Imóveis adquiridos por até R$ 440 mil são isentos.

Upis ajuda a fazer a declaração de renda
 

Foto: Dinah Feitoza
Os estudantes da Upis prestam um serviço à população com a declaração do IR
Pelo sétimo ano, a faculdade Upis ajuda a população na declaração de Imposto de Renda. Desde o dia 4 de abril, professores e alunos de contabilidade tiram as dúvidas de contribuintes no campus I da Upis, na 912 Sul, de segunda a sexta, de 19h30 às 22h30.

Wagner Nascimento, professor e coordenador do curso de ciências contábeis, conta que o projeto faz parte das atividades complementares de alunos dos 7° e 8° semestres de contabilidade, que atendem, a cada ano, uma média de 300 pessoas. Segundo Wagner, cerca de 80% dos atendimentos são feitos nos últimos dias.

“A maior parte dos interessados nos procura aos 45 do segundo tempo. Normalmente começamos a atender mais cedo, umas 17 horas, nos três últimos dias”, diz o coordenador. As principais dificuldades em relação a imóveis são ligadas ao que pode ser tributado. As dúvidas entre a simulação simplificada ou completa e quanto ao que pode ser deduzido também são comuns.

A importância do projeto para os alunos está na perspectiva de mercado para a área. “O contador tem várias perspectivas profissionais. Hoje são cobrados, no mínimo, R$ 400 em consultorias para declarações de imposto de renda. Pode não ser uma prioridade na vida profissional de um contador, mas é algo a mais. É possível, inclusive, conseguir clientes por meio desse tipo de trabalho”, relata Wagner.

Este ano os alunos dos cursos de pós-graduação foram incluídos no projeto. Recém-
formado em ciências contábeis e pós-graduando pela Upis, Alan Barbosa trabalha no projeto há três anos. Para ele, a iniciativa representa uma oportunidade de aprendizado para os alunos e um serviço de utilidade pública à população. “A faculdade proporciona contato mais direto com os contribuintes e assim podemos saber como é a contabilidade na prática, além das salas de aula. E é um trabalho bonito da Upis, de desenvolver trabalhos sociais e trazer o cidadão para a faculdade”, opina o estudante.

As principais dúvidas atendidas, segundo Alan, são sobre a inclusão de dependentes, despesas médicas e gastos dedutíveis. Já os questionamentos sobre a discriminação de imóveis ocorrem devido à particularidade da legislação das regras, segundo o estudante. “A declaração de imóveis é muito específica. Cada caso é um estudo e uma resposta diferente. E como a legislação é extensa e pouco utilizada, acaba gerando dúvidas” .

Este ano só serão aceitas declarações enviadas ao site da Receita ou entregues em disquetes ou CDs nas unidades do Fisco e nas agências da Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil. Para o atendimento é preciso levar um CD ou disquete, o Informe Anual de Rendimentos, o comprovante de pagamento de despesas dedutíveis, extratos bancários informando saldo em conta corrente e aplicações financeiras, dados referentes a transações de compra e venda de imóvel, veículos e outros bens, contribuições à Previdência, documentos sobre bens e pagamentos a serem mencionados, e declaração de IR do ano anterior (se tiver).

Parte do mercado imobiliário deve voltar a atender só alta renda

19/04/2011 - 10h18
Parte do mercado imobiliário deve voltar a atender só alta renda


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SÃO PAULO – Uma parte do mercado imobiliário deve voltar a direcionar os empreendimentos para clientes de alto padrão, chamados tradicionais, depois de atender por um tempo a demanda da população de menor poder aquisitivo.

De acordo com o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, anos atrás, as incorporações sobreviviam no mercado imobiliário nos segmentos de classes de maior poder aquisitivo, com atuação tradicional em nichos de 3 e 4 dormitórios. No entanto, a ascensão das classes emergentes agregou uma nova e significativa demanda, que fez com que o mercado se voltasse à ela.

“Imóveis considerados econômicos precisam de estrutura empresarial específica, com adoção de tecnologia de produção em escala e até com percepção de redução das margens”, afirma Petrucci, complementando que algumas empresas voltarão a atender o mercado tradicional, de maior poder aquisitivo.

No mercado, conta ele, irão conviver empresas que terão como público-alvo as camadas populares e aquelas que voltarão a buscar mais o mercado tradicional.

Mercado imobiliário
No primeiro bimestre, o mercado imobiliário registrou redução de 38,2% nas vendas na cidade de São Paulo, frente ao mesmo período do ano passado.

Para Petrucci, é prematuro afirmar que este desaquecimento irá se consolidar nos próximos meses do ano, apesar de que em março, com influência do Carnaval, os resultados não devem mostrar a mesma desenvoltura dos anos anteriores.

Ele disse ainda que as medidas tomadas pelo governo para conter a inflação, controlando a demanda, não atingiram o setor, que continua a operar financiamentos imobiliários de forma abundante. Entre as medidas, estão as macroprudenciais tomadas em novembro do ano passado e as para conter a entrada de recursos externos.

Dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) mostram que, em fevereiro, cresceu 72,1% a concessão de empréstimos com recursos das cadernetas, frente ao mesmo período do ano passado, para R$ 5,1 bilhões.

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Novo recurso de financiamento imobiliário cresce mais que o crédito tradicional

Imóveis

Quinta, 21 de Abril de 2011

Novo recurso de financiamento imobiliário cresce mais que o crédito tradicional

 


Por Ticiane Prado
Da Redação

O sistema de financiamento imobiliário é recente no Brasil, porém, está num crescimento vertiginoso. Começou no final dos anos 90, ou seja, tem pouquíssimos anos ainda. As operações no sistema financeiro imobiliário começaram a surgir em um volume perceptível em meados dessa nova década dos anos 2000. Tendo em vista o crescente mercado imobiliário brasileiro, a procura é grande e esse novo recurso surgiu devido ao antigo recurso está em processo de esgotamento.

Os recursos das cadernetas de poupança estão se tornando insuficientes para financiar as atividades imobiliárias. É preciso surgir novas formas de financiamento e para isso foi criado o SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário), onde novos mecanismos foram criados, legislação e normas do conselho monetário do Banco Central específicas, estimulando a atuação do mercado imobiliário em parceria com o mercado de capitais. “A parceria não é só com o sistema operacional de crédito tradicional, aquele crédito dado pelo banco, o banco analisa o cadastro, analisa o crédito, concede ou não. Agora, o caminho está sendo pelo mercado de capitais. As pessoas têm que criar novas formas, novos procedimentos, novas estruturas capazes de buscar recursos no mercado de capitais, porque o crédito tradicional está se estaqueando. A caderneta de poupança está crescendo menos de 20%, enquanto o SFI cresce 40, 50%”, analisou o vice-presidente da hipotecária imobiliária Domus, Geraldo Majela.

COMO FUNCIONA
Qualquer empresário, não necessariamente um empresário incorporador de imóveis, que precisar de recursos, investimento na área imobiliária para fazer um shopping ou hospital, o que for, desde que seja imóvel, pode procurar uma companhia hipotecária para conceder o financiamento. “Digamos que a Domus não dispõe o dinheiro, ela vai buscar o recurso no mercado de capitais e articular todos os parceiros necessários da operação, de forma que o empresário seja atendido”, argumentou Majela. E completou: “A operação é estruturada e tudo acontece no mesmo dia”.

CRÉDITO IMOBILIÁRIO DIFERENCIADO
Esse tipo de crédito imobiliário é diferenciado devido a sua complexidade. No crédito tradicional, o empresário vai ao banco e o banco analisa se ele tem ou não condições financeiras de fazer o empréstimo. Ele olha a capacidade de pagamento do vendedor.

Nessa nova operação, não. “Eu olho menos o empresário, eu olho também, mas eu olho mais a operação, se for um empreendimento bastante viável eu posso financiar um volume grande a um empresário pequeno ou médio. Por que a operação é o que me dá mais tranquilidade. Analiso a operação, o projeto, tomamos uma série de cuidados para minimizar o risco da operação. E o empresário tem chance de receber o crédito com custo baixo, se a operação for boa”, explica Majela, garantindo que o principal foco é o projeto, o empreendimento.

NOVO MERCADO
Havia uma escassez de crédito. O pequeno e o médio empresário tinha dificuldade de conseguir recursos. Alguns especialistas apontam que a tendência é o método tradicional acabar. O governo vendo esse método tradicional escasso, criou uma alternativa. Parece ser mais complexa, mas a partir da segunda operação já dá para entender melhor.

Ela é mais complexa porque envolve um número maior de agentes. No tradicional é somente empresário e o banco. “O empresário chega com a proposta para companhia hipotecária e mostra seu projeto. A companhia hipotecária procura um investidor e mostra a operação para ele. Vamos numa empresa para analisar a classificação de risco dessa operação, é feito, a partir daí um relatório. Temos que ir na CETIP para registrar, liquidar a operação e depois que ser aprovado na CVM. Então, tem uma atuação de harmonizar os interesses para poder viabilizar as operações. Por isso, o empresário se mantêm no crédito tradicional, porque ele não conhece, é difícil para entender todo esse processo”, afirma o vice-presidente da companhia hipotecária Domus que se prepara para atuar no Ceará e já tem possível cliente, como é o caso do diretor da Fibra Eugênio Montenegro.

“A burocracia de financiamento é menor, a análise é mais rápida e há a possibilidade da companhia hipotecária financiar 100% do empreendimento, inclusive o terreno. Os bancos são mais restritivos. Especificamente, eles reservaram 100 milhões de reais para pequenos e médios empresários aqui no Ceará. E estamos em análise. Se der tudo certo, daqui a dois ou três meses a Fibra assinará o primeiro contrato com a Domus”, adiantou Montenegro.

O mercado imobiliário passa por um forte crescimento no Brasil, o dinheiro da poupança, do FGTS, são recursos que deverão ficar escassos até 2013. Novas fontes deverão substituir esse recurso, e uma delas é a companhia hipotecária, de onde vem dinheiro de fundos.
 

O que precisamos saber sobre a Poupança

O que precisamos saber sobre a Poupança
Bancos privados são especialistas em financiar pessoas jurídicas, pois seus saldos de financiamentos às pessoas físicas significam somente 27,15% dos saldos de poupança detidos por eles


 
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 23/04/2011 -  Celso Petrucci *

Muito se tem falado sobre o esgotamento dos recursos da Caderneta de Poupança passível de ocorrer no final de 2012 ou em 2013. Essa leitura é muito difícil para aqueles que militam no mercado imobiliário e não conseguem entender totalmente as informações “gerenciais” que são apresentadas pelos bancos à sociedade e concentradas no Mapa 4, do Banco Central.

Quando procuramos entender o quanto de recursos efetivamente os bancos (principalmente os privados) têm aplicado em crédito imobiliário nos seus balanços, estranhamos muito, pois os montantes são pouco significativos. E, para compreender melhor o direcionamento de recursos da poupança, sem tornar este artigo maçante, pretendo desenvolver uma linha de raciocínio e chegar a uma conclusão, mesmo que precipitada.

Nos últimos 12 meses – de fevereiro de 2010 a janeiro de 2011 –, o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos) aplicou R$ 55,77 bilhões para financiar 415,9 mil unidades. Houve um acréscimo de 64,10% em valores e 39,29% em unidades sobre o período anterior de 12 meses – fevereiro de 2009 a janeiro de 2010.

Os valores fechados em janeiro de 2011 foram destinados à aquisição de imóveis novos e usados (58,10%) e para o financiamento de novos empreendimentos (41,90%). Nada mal se lembramos que há dez anos o mesmo SBPE financiava apenas R$ 2 bilhões em um ano.

O saldo das cadernetas de poupança atingiu, em 31 de janeiro passado, o montante de R$ 301,191 bilhões, volume que vem crescendo acima da atualização monetária mensal calculada pela variação da TR (Taxa Referencial) e do crédito de juros calculados a 0,5% ao mês.

Ao conhecer esse saldo da poupança, poderíamos imaginar que os financiamentos imobiliários, no mínimo 65% segundo a regulamentação, já atingiram mais de R$ 195 bilhões, afinal nenhum agente está aquém da exigibilidade mínima, até onde sabemos. Porém, não é isso que encontramos, pois a soma dos financiamentos imobiliários registrados noMapa 4 é de R$ 184,004 bilhões distribuídos entre os bancos privados (R$ 89,744 bilhões) e bancos públicos (94,260 bilhões).

Esmiuçando mais esses números de saldos de financiamentos detectamos que os registrados como pessoa física representam apenas R$ 121,826 bilhões, e que os outros R$ 52,308 bilhão são de saldos devedores de planos empresários já liberados, acrescidos dos valores das parcelas remanescentes que serão liberadas até o final dos contratos.

A partir desses dados podemos concluir que os bancos privados são especialistas em financiar pessoas jurídicas, pois seus saldos de financiamentos às pessoas físicas significam somente 27,15% dos saldos de poupança detidos por eles. Já as operações às pessoas jurídicas alcançam 32,66% de suas poupanças. Por sua vez, os bancos públicos, quase que tão somente a Caixa Econômica Federal, são especialistas em financiar pessoas físicas, pois seus saldos alcançam 53,14% das poupanças enquanto o financiamento às pessoas jurídicas representam somente 2,70%. Por fim, existe um espaço ainda não mensurado para o crédito imobiliário nos próximos anos e o Mapa 4 necessita de uma “lipoaspiração”.

Acreditamos que aquelas informações gerenciais deveriam demonstrar com maior clareza à sociedade civil a realidade do cumprimento da exigibilidade, bem como permitir que se estime até quando os recursos serão suficientes ao financiamento imobiliário.

 

* Celso Petrucci é economista-chefe do Secovi-SP, diretor-executivo da vice-presidência de Incorporação Imobiliária do Sindicato e membro titular do Conselho Curador do FGTS

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Confira os 5 endereços mais caros do Brasil

A cidade do Rio de Janeiro é líder em valorização

Confira os 5 endereços mais caros do Brasil

1 - Ipanema (Rio de Janeiro)

Um dos bairros mais charmosos do Rio de Janeiro tem, em conjunto com o Arpoador e o Leblon, o metro quadrado mais caro do País. A média chega quase a R$ 11,5 mil, mas em alguns ruas esse valor alcança R$ 17 mil.
As ruas mais nobres do bairro são a Vieira Souto e a Joana Angélica. Quem mora no Leblon tem a chance de encontrar várias celebridades caminhando na praia como Chico Buarque.

2 -Lagoa com Jardim Botânico (Rio de Janeiro)

O metro quadrado dos prédios na área chega a custar R$ 13.833,  mas a média fica em R$ 8.401. A Lagoa Rodrigo de Freitas proporciona um charme todo especial ao bairro que é um dos mais famosos pontos turísticos do Rio de Janeiro. Ser palco de várias cenas das novelas da Globo também valoriza o lugar.

3 - Plano Piloto (Brasília)

Além de ser um cidade cara com um alta renda per capita, Brasília tem limitações construtivas. No Plano Piloto, os edifícios residenciais só podem ter até seis andares. Isso deixa a oferta pequena. O metro quadrado gira em torno de R$ 8 mil em áreas como a Asa Norte, Asa Sul e Sudoeste.

4 - Botafogo com Cosme Velho, Flamengo e Laranjeiras (Rio de Janeiro)

Olha aí o Rio de Janeiro mais uma vez na lista. O charme da cidade faz os preços chegarem ao topo. Botafogo e região ganharam com a falta de terrenos em Ipanema e Leblon. Os prédios são lançandos com um metro quadrado médio perto de R$ 7 mil, mas com grande potencial de valorização.

5 - Alto de Pinheiros (São Paulo)

Aposto que vocês estavam sentindo a falta de São Paulo na lista. A cidade conhecida pelos endereços comerciais caríssimos também tem bairros residenciais valorizados. O Alto de Pinheiros é arborizado e já tem uma média de R$ 6.751 pelo metro quadrado dos imóveis novos.
As informações do portal da Exame foram publicadas no ano passado e a revista tomou como base o valor médio do metro quadrado. O Recife não entrou na lista, mas a Avenida Boa Viagem já tem um dos metros quadrados mais caros do País. A média hoje gira em torno de R$ 7 mil a R$ 8 mil. A expectativa das construtoras é que esse valor chegue a R$ 10 mil no começo de 2012. Dentro de dois anos, por causa da procura e das limitações impostas pela Prefeitura do Recife para a construção, pode ser que ele já esteja perto dos R$ 15 mil, dizem os mais otimistas.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Acelera a venda de imóveis em Fortaleza

Acelera a venda de imóveis em Fortaleza
QUA, 20 DE ABRIL DE 2011 01:30 Mercado Imobiliário
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O Povo / CE
Imóveis em Fortaleza são vendidos em tempo médio de seis meses. Há cinco anos, se demorava até 18 meses para vender um empreendimento todo

Seis meses é o tempo médio que se leva para vender todo um empreendimento no mercado de imóveis em Fortaleza. E pensar que, há cinco anos, o corretor tinha que suar entre 16 meses e 18 meses para fechar as vendas de todos os apartamentos de um prédio. Hoje, há quem consiga vender tudo em três ou quatro dias, dependendo da localização e do preço, claro.

Em 2010, o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) cresceu 78,44% em relação a 2009, ficando em 13,46%. No ano anterior, o índice era de 7,55%, segundo dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis do Ceará (Secovi). O IVV se refere a quantidade de imóveis vendidos no mês a cada lote de cem ofertados.

"Entre outubro de 2010 e março de 2011 o setor viveu uma velocidade de vendas absurda", avalia o tesoureiro do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, Armando Cavalcante. Ele cita como exemplo o último lançamento de prédio comercial na Aldeota, da construtora Manhattan. "Em uma semana, a quase totalidade das salas comerciais do prédio foi vendida", exemplifica. Armando calcula que o prédio tenha vinte andares e, no mínimo, dez salas por andar. O metro quadrado de sala comercial na Aldeota custa em média R$ 5 mil.

Esse é o perfil que vende mais rápido em Fortaleza: unidades menores em áreas nobres, segundo o sócio diretor da imobiliária Viva Imóveis, Paulo Angelim. "Não é qualquer coisa que vende. Há que se considerar a qualidade, o preço, o tamanho e a localização", ressalta Angelim.

Em se falando de imóveis residenciais, a Aldeota e o Meireles também concentram o ritmo mais intenso de vendas. Lá, se demora entre três e quatro meses para se vender um empreendimento. Os apartamentos que vendem mais rápido têm entre 85 metros quadrados e 115 metros quadrados.

Nas regiões mais periféricas, como Maraponga, Messejana e Parangaba, se vende mais rápido imóveis entre 50 metros quadrados e 60 metros quadrados. "Na Maraponga, no entanto, vendo em um semestre o mesmo imóvel que demoro até um ano para vender na Messejana", exemplifica Paulo Angelim para explicar como varia a velocidade de vendas na cidade de Fortaleza. "Não dá para generalizar", diz.

Arrefecida
Para o presidente do Conselho de Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE), Apollo Scherer, a procura e a venda de imóveis no primeiro trimestre de 2011 desacelerou em relação ao final de 2010, por causa da sequência de feriadões. "Sentimos que a demanda recuou, mas deve ser retomada a procura e a venda maior por imóveis logo após a Semana Santa", acredita.

O tesoureiro do Conselho Federal de Corretores, Armando Cavalcante, não acredita que o ritmo acelerado das vendas irá se manter nos próximos anos.

"O volume e a velocidade de vendas continuará crescente até a Copa de 2014, mas em ritmo mais moderado. Seremos um mercado equilibrado", afirma.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O boom do mercado imobiliário de Fortaleza é comum a outras capitais brasileiras sub-sedes da Copa. O aumento da demanda foi estimulada pelo aumento do crédito, da renda e programa como Minha Casa Minha Vida.



Luar Maria Brandão
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8 Dicas para Pequenos Investidores do Mercado Imobiliário

8 Dicas para Pequenos Investidores do Mercado Imobiliário (Desenvolvimento de Produto)
QUI, 14 DE ABRIL DE 2011 00:00 EDVALDO CORRÊA Construção Civil


Pequenas empresas do setor imobiliário e investidores com capital reduzido que buscam viabilizar construções residenciais de menor porte, deparam-se com a falta de preparo para o desenvolvimento de produtos imobiliários, isto é, empreendimentos que atendam as necessidades do público-alvo e ao mesmo tempo sejam rentáveis para os empreendedores.

Sem querer esgotar o assunto, apresento neste artigo algumas orientações básicas para quem deseja atuar de forma competente e profissional no mercado.

Grandes empresas possuem profissionais especializados com gerências em boa parte das etapas que descreverei, mas é a não é a realidade para grande parcela de construtoras e incorporadoras do país.

Seguem as etapas fundamentais:

1º  - Escolha do Terreno
Sabe-se que boa parte do sucesso do empreendimento passa por escolher um terreno que atenda requisitos básicos como a "qualidade" da vizinhança, verificação de eventuais áreas degradadas no entorno, condições de posicionamento com relação ao sol, vista comprometida, nível de poluição, quantidade de serviços disponíveis como creche, escola, comércio, transporte público, além de barreiras ambientais e legais para construção.
Dê atenção a esta etapa. Faça parceria com um bom corretor ou imobiliária, que pode lhe ajudar a dar foco e ganhar tempo.

2ª - Vocação do Terreno e Negociação
Cada terreno possui um público-alvo específico e alguns produtos imobiliários que podem ser desenvolvidos, conforme renda, idade, ocupação do chefe de família, estilo de vida, perfil cultural, fatores sociais e entorno do futuro empreendimento, por exemplo.
Nesta fase, é importante definir o posicionamento e a proposta de valor para o mercado. Aquilo que se pretende passar para o consumidor. Será que a empresa quer vender um conceito de clube, de tecnologia, de segurança, artístico ou quem sabe ser  sustentável?

Consequentemente, conforme a decisão, tem-se um índice de velocidade de vendas diferenciado, que precisa ser analisado, quando da negociação do valor de compra ou permuta com o proprietário. Feito isto, pode-se  simular o Demonstrativo de Resultados e buscar fechar um bom negócio.

3º – Análise da oferta
Antes de seguir, dedique algum tempo para verificar os imóveis que estão sendo produzidos e comercializados no bairro ou na região e visitar os "stands" de vendas dos lançamentos (fotografe, consulte, pegue folders, anote preços e condições, etc.).

Ainda, acompanhe os estudos dos sindicatos e associações setoriais verificando o número de unidades vendidas, tamanho dos imóveis, número de quartos, preços médios, datas de lançamento nesta mesma região. Normalmente estas informações são mensais. Após, identifique quais são os empreendimentos de sucesso e os pontos críticos dos projetos "vencedores". Você terá mais chances de acertar.

4º – Diferenciação do produto ou "commodity"
Quais os diferenciais do produto que você quer desenvolver? Ou os diferenciais estarão somente na empresa? O que leva o consumidor a seduzir-se pelo seu empreendimento? Ou ele é uma "commodity"? Saiba de antemão os riscos de fazer o mesmo que os concorrentes.
É preciso que a empresa tenha claro o que ela está oferecendo. Somente o atendimento, boas experiências anteriores, imagem ou marca podem não ser suficientes para a venda.

5º - Projeto e equipe de construção
Deixe o projeto com um bom arquiteto, que entenda as características que você pesquisou e detectou, bem como tenha conhecimento da região onde será executada a obra. Acompanhe cada fase dos estudos até o projeto arquitetônico final e os complementares. O "dono" tem que ter um olhar cuidadoso para não reclamar no futuro.

Quanto à equipe de construção, opte por uma construtora reconhecida, que preste bons serviços. Avalie o acervo técnico e eventuais reclamações no PROCON. Caso você opte por construir diretamente com um engenheiro civil e equipe de profissionais autônomos, conheça os riscos e as vantagens, antes de começar as obras.

Muito cuidado com nome do empreendimento, fachada, áreas comuns, apartamento decorado, boa humanização e 3D! Ainda dá tempo de refazer o que for necessário. Mudar um projeto é menos oneroso que durante a obra!

6º – Escolha da Imobiliária e Preparação do "Stand"
Pelas características do empreendimento, avalie se é melhor fazer uma venda mista ou somente com corretores terceirizados. Em geral, pequenas empresas não devem ter esta estrutura, mas contratar uma boa imobiliária, que conheça a região onde está o empreendimento e possa formatar uma boa planilha de preços, conforme as fases da obra e velocidade de  vendas. Além de que parte-se do pressuposto que os corretores "falam a língua" deste público.

Também exige-se que os corretores sejam capacitados. Você e a imobiliária podem realizar um treinamento técnico, com detalhes do produto, identificando o que impressiona o cliente, um roteiro de apresentação, como cadastrar o cliente, etc. Arrumar os trabalhos quando já estiver tudo em andamento é perigoso. Depois, pode-se treinar as objeções do cliente. Como você visitou os concorrentes, busque salientar os pontos críticos, com bons argumentos para os corretores da imobiliária parceira.

Quanto à estruturação do "stand" de venda, busque preparar o ambiente mais adequado possível ao produto. Se for o caso, e houver recursos monte um "show room", com um apartamento decorado, que tenha boa iluminação e som ambiente, no mínimo.

Sua empresa e a imobiliária devem impressionar! Serem educados! Dificilmente tem-se uma segunda chance de vender para o mesmo cliente.

7º – Lançamento
Partindo do pressuposto que seu imóvel é adequado, agora é lançar o  empreendimento. Para tanto, é preciso estimular a demanda, gerar expectativa de compra e trabalhar o emocional.

Feche bons negócios a partir de garantias mínimas para os clientes e com condições vantajosas para eles. Guarde de 3 a 4 %, dependendo do produto para o marketing do imóvel.  Esta definição vai depender do tamanho do empreendimento e do público. Faça um lançamento no plantão de vendas, pois, quem sabe mesmo antes das obras iniciarem sejam fechadas 100 % das vendas com o imóvel ainda na planta!

8º – Relacionamento
Mantenha contato com os clientes, mesmo para aquelas unidades já vendidas. Use e abuse dos recursos de internet e mídias sociais, que tem baixo custo. Quem sabe estes clientes podem indicar outros compradores.

Apresentamos aqui as principais etapas, que podem ser antecipadas com a contratação de uma consultoria especializada ou uma pesquisa de mercado. Tente sempre ter boas empresas lhe apoiando. Diminui o risco e aumentam as chances de sucesso.

Bem, agora é construir! Boa sorte nos negócios!
 
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terça-feira, 8 de março de 2011

Família com renda até R$ 4.900 já pode financiar casa mais cara

Família com renda até R$ 4.900 já pode financiar casa mais cara
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7 de março de 2011 às 21:00
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Os novos limites para financiamento de imóveis dentro das regras do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) começaram a valer na última quinta-feira. Com isso, sobe também o teto dos imóveis enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida. A Caixa Econômica Federal informou que já trabalha com os novos valores para avaliação de imóveis.

A renda familiar máxima para enquadramento nos financiamentos é de R$ 4.900 para regiões metropolitanas de SP, RJ, DF e demais capitais. O mesmo limite passa a ser utilizado também para os municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes. Nas demais regiões do país, o valor é de R$ 3.900.

A justificativa para o aumento do teto é proporcionar a equivalência aos valores praticados no mercado imobiliário e pretende cobrir o deficit na habitação popular. Desde 2007 não havia reajuste desses valores.

No início de fevereiro, o Conselho Curador do FGTS já havia anunciado a elevação no valor dos imóveis que podem ser financiados com recursos do fundo e que passou a valer agora.

Novos valores - O teto para imóveis localizados nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal passou de R$ 130 mil para R$ 170 mil. Nas demais capitais e municípios com população superior a 1 milhão, foi elevado de R$ 130 mil para R$ 150 mil.

Para municípios com população a partir de 250 mil habitantes ou integrantes de regiões metropolitanas, o valor máximo passará de R$ 100 mil para R$ 130 mil.

Municípios com população igual ou superior a 50 mil e abaixo de 250 mil habitantes, de R$ 80 mil para R$ 100 mil. Para os demais municípios, o valor segue em R$ 80 mil.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Novo limite de financiamento de imóveis com FGTS entra em vigor Nas regiões metropolitanas de SP, RJ e DF, valor passou para R$ 170 mil

Novo limite de financiamento de imóveis com FGTS entra em vigor
Nas regiões metropolitanas de SP, RJ e DF, valor passou para R$ 170 mil
03/03/2011 - 21:07
Globo.com/G1
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A Caixa Econômica Federal aumentou o valor de avaliação para a compra de imóveis financiados com recursos do Fundo de Garantia do Tempos de Serviço (FGTS) - que são emprestados a juros mais baixos e voltados para a habitação popular. A partir desta quinta-feira (3), o valor máximo praticado passa de R$ 130 mil para R$ 170 mil nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, por exemplo.
A linha de financiamento do FGTS destina-se exclusivamente à compra do primeiro imóvel.
"A mudança atualiza a concessão dos financiamentos, diante da realidade do mercado, atendendo melhor à população, ao permitir a aquisição de moradias adequadas às necessidades das famílias”, diz a Caixa, em nota.
A mudança também beneficia os imóveis que se enquadram no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida - que usa, entre outras fontes, os recursos do FGTS. 
Além de elevar o valor de avaliação dos imóveis, houve mudança também no critério de limite de renda. A partir de agora, em municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes, a renda mensal bruta do trabalhador aceita passa a ser de até R$ 4.900,00. Na regra anterior, esse limite só era aceito para municípios com mais de 500 mil habitantes.
Segundo a Caixa, esta mudança vai beneficiar cerca de 50 municípios, com população total de 18 milhões de pessoas.
"Para os financiamentos enquadrados na área de Habitação Popular, de acordo com os novos limites de avaliação, venda ou investimento, mantém-se inalteradas as demais condições, para taxas de juros e de descontos", conclui a Caixa.
Regiões Valor anterior Valor atual
Regiões metropolitanas de SP, RJ e DF R$ 130 mil R$ 170 mil
Municípios com população igual ou superior a 1 milhão de habitantes e demais capitais estaduais R$ 130 mil R$ 150 mil
Municípios com população igual ou superior a 250 mil e inferior a 1 milhão de habitantes; RIDE-DF; e demais RMs R$ 100 mil R$ 130 mil
Municípios com população igual ou superior a 50 mil e abaixo de 250 mil habitantes R$ 80 mil R$ 100 mil
Municípios com população abaixo de 50 mil habitantes R$ 80 mil R$ 80 

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Estrangeiros 'estudam' Brasil para aprender a ganhar dinheiro no país

Estrangeiros 'estudam' Brasil para aprender a ganhar dinheiro no país
Com crise na Europa, empresário deixou Itália atrás do mercado brasileiro.
Em 2010, investimento estrangeiro no Brasil foi o maior desde 1947.
Ligia Guimarães
Do G1, em São Paulo
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O italiano Enrico Soffi investiu R$ 1 milhão em
2010, apostando no mercado imobiliário.
(Foto: Arquivo pessoal)
Enrico Soffi, 45 anos, deixou a Itália em abril do ano passado e veio ao Brasil focado em construir imóveis de até R$ 270 mil, voltados para a classe média. Investiu R$ 1 milhão em 2010 e prevê ampliar em pelo menos 50% os aportes este ano. ”Queremos aproveitar a falta de habitação que têm as classe C e B, que estão crescendo e não têm a capacidade de comprar uma casa de R$ 600 mil”, diz Soffi, que vê um momento de expansão “extraordinária” no país.
O caso de Enrico não é isolado: de acordo com dados do Banco Central, mais de US$ 15 bilhões de dinheiro estrangeiro entraram na economia do país só em dezembro, por meio de investimento direto na produção. No ano, o montante chegou a US$ 48,4 bilhões, maior valor desde 1947, em meio a um cenário em que a economia no Brasil está aquecida e que países ricos da Europa lutam para superar as sequelas deixadas pela crise financeira internacional.
Para não se perder em um mercado que difere em idioma, sistema tributário e preferências culturais, Enrico buscou a ajuda de uma consultoria especializada e se saiu bem. Desfecho diferente do que teve a empresária também italiana Sônia Ferrari, que demorou mais de um ano para conseguir tirar um visto permanente para atuar no Brasil como investidora: enfrentou muita fila e burocracia até entender o que estava errado com a sua documentação.
"Demorei um tempo pra entender que estive com problema, nada se faz sem experiência. Vi que estava mal assessorada e por isso depois fui procurar e testar mais escritorios", diz ela que, depois que conseguiu a assessoria correta, obteve o visto em menos de dois meses. Mesmo assim, acredita que o potencial de ganhos no Brasil compensa os obstáculos.
"Com certeza vale a pena. Para qualquer empresa de grande porte seria um erro fatal não conquistar o seu espaco aqui hoje, e preparar o seu futuro para tempos ainda melhores daqueles que já estamos vivendo aqui no Brasil", analisa. "Sei de muitas empresas americanas e europeias que já estavam aqui antes da crise e que os lucros daqui ajudaram seus balanços de forma sensível", diz.
É preciso entender a cultura do país e as suas peculiaridades"
Sônia Ferrar, consultora
Hoje, ela abriu uma empresa para orientar estrangeiros na mesma situação de "desamparo" inicial. Mais que isso: representa marcas europeias que precisam de contato, distribuição, compradores e parceiros para entrar com suas operações no Brasil. O foco principal são as marcas de sapatos, bolsas e acessórios, em projetos que somarão mais de R$ 15 milhões só no ano da implementação.
"É preciso entender a cultura do país e as suas peculiaridades, fazendo isso com profissionais e assessores de comprovada experiência. Uma empresa que queira entrar no país e não ter problemas não pode subestimar esse aspecto", ensina Sônia.
Na consultoria KPMG, a demanda de estrangeiros por informação sobre o Brasil cresceu tanto que a empresa criou uma unidade específica para esse tipo de atendimento. A KPMG Global Business, criada em novembro, tem o objetivo de dar ao estrangeiro um "intensivão" sobre o país.
"Pegamos representantes de diversos setores para dar um 'banho' de Brasil no investidor; organizamos estrategicamente atendimentos que já aconteciam de forma separada. A gente acha que isso é o que o governo o deveria fazer também: centralizar as informações para recepcionar esse público", diz Marienne Coutinho, uma das líderes do projeto.
Augusto Salles, outro sócio líder do Global Business, diz que a procura estrangeira aumentou de duas consultas por semana para duas por dia. Origens variadas – EUA, Inglaterra, China, Índia e Japão aparecem entre os interessados - e dúvidas de todo tipo. Desde chineses projetando investimentos de bilhões, até  empresas americanas que cobiçam o mercado de caixas d'água no Brasil. "Tem diferentes níveis de conhecimento. Uns já conhecem as peculiaridades, o tamanho, a economia emergente. Outros têm uma visão ingênua, tipo: 'eu tenho uma caixa d'água matadora que se chegar no Brasil vai arrasar. Vocês usam caixa d'água no Brasil'?", conta Salles.
Grande parte do interesse desse dinheiro internacional pelo país vem do grande potencial de crescimento do consumo brasileiro. Levantamento feito pela consultoria KPMG com investidores potenciais de diversos países do mundo aponta que, dos 500 entevistados, 66% afirmaram que pensam em investir no Brasil para aumentar a base de consumidores por meio dos mercados locais e regionais.
Estamos mais bonitinhos porque eles  (Europa) estão feios, então parece que nós somos a virgem linda. Eu acho que o Brasil está normal"
Jenesi Figueiredo
Além disso, 41% já investem no Brasil e pretendem expandir suas operações; outros 10% também já são investidores, mas não têm planos de expansão. Questionados sobre qual é o atual ou pretendido modelo de negócios da sua empresa para o Brasil, 53% responderam investimento estrangeiro direto.
Jenesi Figueiredo  também orienta estangeiros na FK Consultoria e diz que uma das razões para tanta atratividade brasileira é a situação ruim da Europa, abatida pela crise.
"Estamos mais bonitinhos porque eles estão feios, então parece que nós somos a virgem linda. Eu acho que o Brasil está normal", avalia. Em seu escritório, que teve expansão de 20% no movimento no ano passado, atende-se em italiano, inglês, sueco e até árabe.
"A imigração tem regras, e tem gente que não acredita nisso até ser deportado. Já temos muitos italianos, espanhóis e alemães vindo em função das Olimpíadas e da Copa do Mundo", diz.
O engenheiro francês Vincent Lefeuvre, 40 anos, comemora o fato de ter se interessado em investir no Brasil desde antes de 2002, ano em que se casou com uma carioca e mudou-se definitivamente para cá.
"Cheguei antes da crise na Europa, mas foi durante a crise que eu percebi que eu tive razão de investir no Brasil. Agora eu tenho na frente dos outros uma vantagem de cinco anos. E isso vale ouro no mundo dos negócios", diz o dono da Tecohnopolis Consulting, especializada em estruturar e implementar fábricas e parcerias entre empresas estrangeiras e brasileiras no setor industrial. A previsão é de que em 2011 a empresa invista entre R$ 200 mil e R$ 400 mil em escritórios e contratação de pessoal qualificado na area da gestão de projetos e contratos.
Na opinião do francês, o caminho para evitar problemas por falta de informação é mesmo buscar ajuda privada. "É mais uma pista de obstáculos permanentes. Os problemas não impedem a empresa de funcionar, mas tem um custo de tempo e de energia muito alto", diz ele, que garante já estar habituado à lentidão do processo . "A burocracia é terrível. Mas não é pior que na França".

Na Irlanda, megaleilão expõe falência do mercado imobiliário

Na Irlanda, megaleilão expõe falência do mercado imobiliário

O fim de fevereiro marca o início do décimo mês de ansiedade para a família de Z.A. Desde maio de 2010, a irlandesa de 41 anos tenta, sem sucesso, vender a casa que possui no condado de Wicklow, uma região montanhosa ao sul da capital Dublin. A propriedade chegou a valer quase 700 mil euros (cerca de 1,5 milhões de reais) nos anos do boom econômico da Irlanda e agora está à venda por apenas 400 mil. Ainda assim, não há interessados. Ou melhor, há quem se interesse, mas são poucos os que têm dinheiro para comprar.

Os bancos irlandeses, que no pico do crescimento da economia chegaram a conceder empréstimos de até 100% dos valores dos imóveis,  bateram às portas da falência no ano passado e só não entraram de vez no buraco graças a um resgate bilionário que receberam do governo, com recursos do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional.

Ernani Lemos/Opera Mundi

Na Irlanda, anúncios de venda de imóveis e propaganda de candidatos dividem o mesmo espaço

Sem os financiamentos bancários, o antes próspero mercado imobiliário da Irlanda estagnou e começou a entrar em colapso. Um dos maiores efeitos pode ser sentido no início desta semana, com o anúncio de um leilão para o mês de abril, que será o primeiro de propriedades desvalorizadas do país.

A notícia animou os compradores, mas muitos vendedores só querem mesmo se livrar de um problema. "Os lances iniciais podem chegar a menos de 30% do que os imóveis chegaram a valer no auge do boom", revelou ao Opera Mundi Stephen McCarthy, da Space4U, uma parceira da empresa britânica que vai comandar o leilão, a Allsop. "Desde que divulgou o comunicado sobre o evento, o escritório da Allsop em Londres recebeu ligações de interessados dos Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e Dubai. Temos certeza de que esse leilão vai agilizar a recuperação do mercado", afirmou.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Curitiba bate recorde histórico no lançamento de apartamentos residenciais Em 2010 foram 41% a mais

Curitiba bate recorde histórico no lançamento de apartamentos residenciais
Em 2010 foram 41% a mais. Imóvel com dois quartos lidera preferência
  21/02/11 às 14:28  |  Redação Bem Bem Paraná

Curitiba bateu o recorde histórico de unidades residenciais verticais lançadas, totalizando 10.002 novos apartamentos de janeiro a dezembro de 2010. De acordo com o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Gustavo Selig, o montante supera em 41% o total de apartamentos lançados em 2009 (7.099 unidades) e em 155% a quantidade lançada em 2007 (3.927 unidades).

 “Este grande número de lançamentos é o resultado do movimento de recuperação do mercado imobiliário na capital paranaense, que permaneceu estagnado entre 1999 e 2005, acumulando uma demanda reprimida”, explica Selig. O presidente da entidade conta que a média histórica de Curitiba era de 1,8 mil unidades verticais, residenciais, lançadas por ano. “Acreditamos que nos próximos três ou quatro anos este volume deve se estabilizar, porém em um patamar superior a 3 mil unidades lançadas por ano”, prevê.

 Dos apartamentos novos disponibilizados no mercado, 4.910 unidades (49%) corresponderam às habitações com dois dormitórios. Em 2007, os apartamentos de três dormitórios representavam 50% dos lançamentos residenciais da capital paranaense, enquanto os de dois dormitórios não ultrapassavam 24%. No comparativo com 2007, os imóveis de dois dormitórios tiveram alta de 414%. Em relação a 2009, o crescimento foi de 34%.

 Para Selig, o aumento do poder aquisitivo da população e a busca da casa própria pelos jovens foram os principais fatores que estimularam a mudança no perfil dos empreendimentos novos. “Além disso, os apartamentos de dois e três dormitórios têm área privativa praticamente igual. Imóveis com dois quartos não são mais moradias pequenas. Isto mostra que o comprador está procurando mais conforto dentro de casa”, comenta. A pesquisa realizada pela Ademi-PR mostrou que a área privativa média dos apartamentos de dois dormitórios, em 2010, foi de 67 metros quadrados, e dos de três dormitórios, de 100 metros quadrados.

 Entretanto, Selig acredita em uma estabilização da oferta para estes imóveis nos próximos anos. “A predominância dos apartamentos de dois e três dormitórios sempre vai existir, pelo variado perfil de compradores que eles atendem. Mas a tendência é que haja um ajuste para que todos os produtos sejam ofertados em Curitiba, evitando o excesso de habitações disponibilizadas em um único segmento”, opina.

 

Os bairros Ecoville, Portão e Água Verde lideram a oferta de apartamentos residenciais novos em Curitiba. Em relação à faixa de preço, os imóveis standart (de R$ 200.001,00 a R$ 300 mil), e econômico (de R$ 120.001,00 a R$ 200 mil) lideraram a oferta, totalizando, juntos, 46% dos imóveis verticais disponibilizados para a venda. “O segmento econômico está sendo bem atendido. A grande demanda persiste do padrão médio para cima”, comenta Selig.

 O levantamento da Ademi-PR também mostrou um crescimento nos lançamentos de edifícios residenciais com mais de 300 unidades em Curitiba, que passou de 7%, em 2009, para 15%, no ano passado. Em 2006 e 2007, a capital paranaense não teve nenhum lançamento com mais de 100 unidades. “Os primeiros lançamentos começaram a surgir em 2008, com a entrada de grandes empresas no Estado. Estas companhias buscam um volume geral de vendas alto e, para isso, precisam de um grande número de unidades”, explica Selig.

A participação dos empreendimentos com 100 a 300 unidades também cresceu nos últimos três anos, passando de 19%, em 2008, para 37%, em 2010. Nos próximos anos, Selig acredita que estes condomínios devem migrar para regiões mais afastadas da área central. “Hoje os grandes terrenos estão ficando mais escassos e caros, quanto mais próximos do centro”, analisa.

Preço – Mesmo com o aumento da oferta, os preços não caíram na capital paranaense. O valor médio do metro quadrado, área total, teve alta de 33,6% de 2008 a 2010, passando de R$ 1.919,22 para R$ 2.564,29. “Existe um grande número de apartamentos disponíveis, mas também há uma alta velocidade de venda, o que dá o equilíbrio entre oferta e demanda e faz com que os imóveis se valorizem”, avalia Selig.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Rodobens Negócios Imobiliários, Imobiliária Jereissati e SM Incorporações PDF  | Imprimir |

Rodobens Negócios Imobiliários, Imobiliária Jereissati e SM Incorporações PDF  | Imprimir |
Sex, 18 de Fevereiro de 2011 18:00

São as novas empresas que estarão presentes como expositores na Imóvel Show Fortaleza.
O grupo formado por essas empresas confirmou nesta sexta-feira, 11/02, sua participação no maior evento imobiliário do Ceará, no primeiro semestre de 2011, a  Imóvel Show Fortaleza.
A divulgação e comercialização do empreendimento Moradas Estação das Flores será o foco principal das empresas Rodobens, Imobiliária Jereissati e SM Incorporações dentro da Imóvel Show Fortaleza.
Stenio Martins, presidente da SM Incorporações, afirma que escolheu o evento para fazer o lançamento do empreendimento porque acredita na força da Imóvel Show Fortaleza para divulgar e comercializar o principal produto de sua empresa em 2011. “O Moradas Estação das Flores é um produto destinado ao público com renda entre 3 e 10 salários mínimos, consequentemente, dentro do Programa Minha Casa Minha Vida e as prestações serão a partir de R$ 149,00, por isso acredito que o nosso empreendimento será um sucesso dentro da Imóvel Show Fortaleza”, completa Stenio.

Crédito só para imóvel já aprovado

Os empreendimentos com financiamento aprovado e as construtoras que já foram avaliadas pela Caixa Econômica continuam no programa Minha casa, minha vida, mesmo que não se enquadrem nas novas regras. Nesta semana, foram divulgadas novas exigências para que as construtoras participem do programa. A mais polêmica, entre as pequenas construtoras, é a que exige que o imóvel seja construído em área pavimentada.

De acordo com a assessoria de comunicação da Caixa, nos projetos iniciados, mas não concluídos, haverá a negação dos financiamentos e exclusão do empreendimento do programa, caso a regra não seja cumprida.

Em nota oficial, a Caixa explica que a decisão não vale para todos os tipos de empreendimentos, mas que ´consiste basicamente em se exigir que o financiamento no âmbito do programa Minha casa minha vida, de aquisição de imóveis prontos, cuja produção não foi financiada pela Caixa, o terreno conte com pavimentação`. Além disso, afirma que o objetivo da alteração é o de dar tratamento igualitário a todas unidades financiadas, além de preservar a qualidade e as condições de habitabilidade dos imóveis.

As pequenas chiaram. Ontem, em Paulista, parte dos funcionários de construtoras começaram a ser licenciados e afastados de obras. Algumas obras foram paralisadas, uma vez que muitas das residências em negociação não atendem aos critérios de apresentarem redes de saneamento completas e acessos por meio de vias asfaltadas.

É o caso do grupo contratado pelo construtor Coronel Campelo, que afirma que a ação repentina da Caixa deve prejudicar os negócios. Ele, por exemplo, tinha oito casas para venda, cinco das quais já negociadas e ainda pendentes da avaliação, já requisitada no banco. As negociações estão suspensas. ´Temos dinheiro empenhado nesses empreendimentos e sem a possibilidade de financiamento, para o qual eles foram feitos, podemos ter prejuízos e sermos obrigados a demitir funcionários`.

Campelo diz que as construtoras assumem o saneamento básico, que é de responsabilidade da Compesa, mas fazer o capeamento de asfalto seria inviável, pois o preço ficaria fora do limite do programa.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Depois do primeiro, a vez do imóvel melhor

Puxado pelo movimento que realizou o sonho da casa própria dos brasileiros, a busca por uma habitação melhor tem sido responsável por parte do crescimento do mercado imobiliário. Favorecida pela demanda por imóveis novos e usados e pelo aumento de renda, a antiga casa foi deixada para trás.
Com financiamento farto, juro atraente e prazo de amortização alongado, o mercado começou a ensaiar resultados históricos nos últimos quatro anos. Desde então, linhas de crédito com recursos do FGTS e do programa Minha Casa, Minha Vida facilitaram a compra do primeiro imóvel.
Na mesma direção, as classes sociais que já desfrutavam da casa própria começaram a almejar uma nova morada – mais ampla e sofisticada.
– Antes não havia liquidez para unidades usadas. Hoje é muito mais fácil vender um imóvel e investir em um novo – diz o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado, Paulo Silveira.
Em 2010, a construção civil gaúcha teve expansão de 8,73% em relação ao ano anterior. O crescimento fez as unidades habitacionais girar com maior facilidade no mercado. O presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Rio Grande do Sul (Sindimóveis-RS), Sidney Fontoura Gomes, ressalta a força do movimento recente:
– Principalmente nos casos em que parte do pagamento da casa nova é feito com a unidade usada.
Segundo o superintendente regional da Caixa em Porto Alegre, Valdemir Colla, “boa parte” dos R$ 1,9 bilhão ofertados em crédito com recursos da poupança “foi destinada para famílias que resolveram trocar seus imóveis, em busca de maior conforto”.
A possibilidade de abater parte do valor com o imóvel antigo tornou real o desejo da pedagoga Maria José Espindola, 49 anos, de residir em um condomínio com infraestrutura de lazer, na Capital. Morando com a mãe, Ilenida Espindola, 78 anos, em um apartamento construído na década de 70, no bairro Petrópolis, a porto-alegrense mudou-se para um empreendimento fechado no Jardim Lindoia.
– Demos o antigo apartamento no negócio e o restante completamos com dinheiro – conta Maria José, que agora desfruta também da companhia da sobrinha Camila da Rosa em todos os finais de semana.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Roberto Carlos estreia no mercado imobiliário com lançamento em área nobre de São Paulo

Roberto Carlos estreia no mercado imobiliário com lançamento em área nobre de São Paulo
fev 16th @ 05:46 pm › Guilherme Barros
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As empresas Emoções Incorporadora, do grupo do cantor Roberto Carlos, AAM e Toledo Ferrari apresentam hoje à noite, a executivos da Lopes, os detalhes do empreendimento que vão construir no bairro do Itaim, em São Paulo.

É a primeira incursão do cantor no mundo imobiliário. O diferencial do empreendimento, dizem as empresas, é o conceito mixed-use, que reúne unidades residenciais e corporativas. O prédio será na Avenida Juscelino Kubitschek e a Lopes será responsável pelas vendas.

Categorias: Construção
Tags: AAM, Lopes, Roberto Carlos, Toledo Ferrari
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Crédito imobiliário deve crescer 51% este ano, alcançando R$ 85 bilhões

Crédito imobiliário deve crescer 51% este ano, alcançando R$ 85 bilhões
Valor atingiu recorde de R$ 56,2 bi em 2010 e financiou 421,3 mil imóveis, 39,2% mais que no ano anterior
16 de fevereiro de 2011 | 0h 00
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Márcia De Chiara - O Estado de S.Paulo
O crédito imobiliário com recursos da caderneta de poupança cresceu 65% no ano passado e atingiu a marca recorde de R$ 56,2 bilhões. O dinheiro foi usado para financiar 421,3 mil imóveis, um volume 39,2% maior do que em 2009. "2010 foi o melhor ano da história do crédito imobiliário", afirma o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Luiz Antonio França.

Apesar de os primeiros sinais de desaceleração no ritmo de crescimento da economia já estarem aparecendo em razão da elevação da taxa básica de juros, o cenário para este ano continua favorável, na avaliação de França. A perspectiva é que o crédito para compra da casa própria com recursos da poupança cresça 51% e alcance R$ 85 bilhões. Os recursos serão usados para adquirir mais de meio milhão de imóveis ao longo de 2011.

França explica que a menor taxa de crescimento dos volumes emprestados prevista para este ano não é uma desaceleração, mas resulta de um represamento no volume de empréstimos, principalmente para as construtoras, de 2008 para 2009 por causa da crise financeira internacional. E no ano passado essa defasagem foi compensada.

O presidente da Abecip ressalta que o grande vetor para manter o mercado imobiliário aquecido neste ano é a perspectiva favorável para o emprego e a renda, que dá sustentação para que a população, especialmente a de menor poder aquisitivo, assuma uma prestação de um imóvel compatível com o seu salário.

Ele observa também que os financiamentos imobiliários com recursos da poupança não são afetados pela elevação da taxa básica de juros. "Entre abril e agosto de 2010, os juros básicos subiram de 8,72% ao ano para 10,66% e as taxas dos crédito imobiliário não aumentaram nesse período", exemplifica.

Bolha. A pesquisa mostra que, dos R$ 56,2 bilhões emprestados no ano passado, a maior parte (R$ 31,8 bilhões) foi destinada para o consumidor e o restante (R$ 24,4 bilhões) para financiar construtoras.

Também o valor médio dos financiamentos aumentou de 2009 para 2010. Para pessoas físicas, essa cifra foi de R$ 123 mil para R$ 145 mil. Mesmo com aumento do tíquete médio dos empréstimos, França não considera que esteja ocorrendo um bolha de preços no setor porque houve crescimento na renda da população. "O preço do imóvel hoje é justo para o momento."

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Caixa anuncia restrições para o Minha Casa, Minha Vida

Caixa anuncia restrições para o Minha Casa, Minha Vida
QUARTA, 16 DE FEVEREIRO DE 2011 00:00 Mercado Imobiliário
Diário de Natal / RN, Arthur Araújo, Gabriela Freire e Júlio Rocha
Medidas atingem construtores. Notícia pegou de surpresa Sinduscon e secretarias de habitação do estado

Milhares de famílias poderão ver o sonho da casa própria ficar ainda mais difícil. Isto porque a Caixa Econômica Federal informou que algumas restrições serão impostas ao financiamento de imóveis que sejam produzidos com recursos de construtores e comercializados através do Programa "Minha Casa, Minha Vida", do Governo Federal. A partir de agora, só receberão financiamento os projetos que estiverem localizados em áreas que já tenham recebido pavimentação e urbanização. A notícia pegou Sindicato Industrial da Construção Civil (Sinduscon), estado e município de surpresa.

A comercialização de imóveis feita pela Caixa Econômica através do programa "Minha Casa, Minha Vida" acontece de duas formas. A primeira delas acontece quando a própria Caixa financia toda a produção da obra. Nesse caso sempre foi exigido que o empreendimento se localize em áreas urbanizadas, com acesso a pavimentação e soluções para o abastecimento de água energia elétrica e esgoto pluvial. As mudanças só ocorrem no segundo caso, quando a obra é produzida por outros empreendedores e apenas comercializada através do programa federal. A partir de agora, estes casos deverão atender às mesmas determinações do anterior.

O secretário estadual do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social, Luiz Eduardo Carneiro, não estava sabendo das mudanças. "Não recebemos ainda nenhum comunicado oficial sobre as novas medidas da Caixa, mas acredito que qualquer decisão deve ser examinada. Se for para melhorar a qualidade de moradia da população que utiliza o programa também somos favoráveis".

Ana Elizabete Thé Bonifácio Freire, secretária Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe), também não sabia das restrições. "Ainda não tomei conhecimento, mas acredito que a Caixa esteja sendo mais rigorosa para analisar as condições mínimas de infra-estrutura para a população de baixa renda, para que tenha uma situação de moradia com pavimentação e urbanização, o que é natural para uma nova moradia".

O presidente do Sindicato Industrial da Construção Civil, Silvio Bezerra, se surpreendeu ao saber das novas regras. "Espero que elas não caminhem de encontro às declarações dadas pela presidente há poucos dias. Quando disse que a proposta era ampliar o programa".

O superintendente da Caixa Econômica Federal no RN, Roberto Sérgio, explicou que as novas regras visam assegurar melhores condições de moradia para a população. "O programa não visa apenas habitação, mas sim uma moradia digna. E entendemos que isso se consegue com uma residência com a presença de infraestrutura básica, como transporte público, educação, saúde, lazer", disse. Segundo ele esses aspectos já eram analizados pela equipe de engenharia da Caixa, o que aconteceu é que agora foi colocado de forma mais veemente.

Franquia imobiliária chega ao CE REMAX

Franquia imobiliária chega ao CE

Recém-chegada ao Ceará, a rede de franquias imobiliárias Re/Max, o "McDonald´s imobiliário", aposta no crescimento do setor no Estado

16.02.2011| 01:30

Renato Teixeira é presidente da Re/Max (DIVULGAÇÃO)
Chega ao Ceará a marca internacional de concessão de franquia imobiliária Re/Max. A previsão de vendas de imóveis no Estado por escritório é entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões por mês, segundo o presidente da Re/Max Brasil, Renato Teixeira.
 
“Depois de ingressar na rede, saber operar o sistema e o empreendimento, a estimativa de rentabilidade em VGV (valor geral de vendas) bruto por mês é em torno de três e quatro milhões”, explica. O valor previsto em venda no mercado brasileiro para os próximos inço anos é de R$ 15 bilhões.

A franqueadora atua em 85 países e 16 estados brasileiros, incluindo o Ceará, desde ontem. O diretor comercial Apollo Scherer define a marca como o “McDonald’s imobiliário”. “Da mesma forma que o McDonald’s vende franquias no mundo todo para vender sanduíches, nós trabalhamos como imóveis”, diz.

A rede de franquias imobiliárias vende concessões para novos corretores que visam entrar no setor imobiliário e também faz migração de marcas já efetivadas para o modelo Re/Max. Para o diretor comercial Apollo Scherer, “optar pelo modelo de franquia já estabelecido no mercado é um negócio mais seguro e requer menor investimento’.

Renato Teixeira destaca que o mercado imobiliário local e nacional “ainda tem muita lenha pra queimar” e deve continuar crescendo nos próximos 15 anos. “O setor imobiliário viveu muitos anos em crise. Hoje não. Há grandes empresas se formando, corretores se especializando, e a categoria está se rejuvenescendo com ingresso de novos corretores”, afirma.

Na avaliação de Renato Teixeira, o Ceará deve crescer na mesma proporção que o Brasil nos próximos anos. “E o Ceará tem atributos que nem todos os estados proporcionam, que são as praias e clima que trazem muito o investidor de fora para o Ceará”, acrescenta.
 
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A crise financeira mundial, que se arrasta desde 2008, teve início com a bolha no setor no imobiliário nos Estados Unidos. Desde então, empresas internacionais como a Re/Max voltaram os olhos para países como Brasil.
 
NÚMEROS
 
15
BILHÕES DE REAIS
É a estimativa de venda bruta da Re/Max no Brasil até o ano 2016.
 
André Teixeira
andretb@opovo.com.br

Programa e especulação por Vinícius Carvalho

Programa e especulação
Vinícius Carvalho

Desde que foi lançado em 2009, o Minha Casa, Minha Vida aqueceu o mercado imobiliário em todo o País. Em Maringá, onde o preço já estava pressionado, a iniciativa serviu para acelerar a valorização desordenada dos imóveis.

"Na época do lançamento do programa, encontrava-se terrenos entre R$ 35 mil e R$ 40 mil. Um ano depois, os mesmos terrenos já estavam valendo R$ 50 mil e, agora, estão sendo comercializados por valores entre R$ 75 mil e R$ 80 mil", afirma o corretor Alexandre Mota Fontes, da Imobiliária Lokatell.

Terrenos com preço inferior a esse nível são disputados ferozmente pelo mercado. "Quando aparece um terreno por R$ 65 mil é um presente", comenta Fontes. Ele nota o mesmo aquecimento desordenado em municípios da região metropolitana. "Em Sarandi, acompanhei a negociação de um terreno bom, que custava R$ 15 mil antes do plano", conta Fontes. Agora o imóvel é vendido pelo dobro do valor.

Os proprietários reajustam os valores de acordo com seus próprios critérios. O corretor Jorge Hideki, da Imobiliária Santa Catarina, afirma que isso ocorreu com a correção do valor máximo dos imóveis do Minha Casa.

"O programa financiava imóveis de no máximo R$ 100 mil, mas como não se encontrava unidade nesse valor em Maringá, o valor máximo foi ampliado para R$ 130 mil", explica Hideki. A medida administrativa adotada pela Caixa foi interpretada como licença para aumentar os preços. "Os proprietários automaticamente aumentaram em 30% o valor dos imóveis", conta Hideki.

Mesmo os agentes do mercado desconfiam que o preço cobrado pelos imóveis não corresponde à realidade, crescendo de forma oportunista diante da grande procura por moradia. "Os preços sobem de maneira desordenada, aproveitando o ‘boom’ do mercado imobiliário", avalia Hideki.

 
Quais os maiores entraves do mercado de imóveis?

"Com certeza, a burocracia, prazo para liberação de documentos, taxa de juros e o preço do terreno em Maringá."
Reginaldo Lamim
Corretor de imóveis
 
"O valor do terreno é a maior dificuldade. Os lançamentos imobiliários já surgem com preços acima de R$ 100 mil."
Jorge Fernandes de Moraes
Corretor de imóveis
 
"Juros altos para os mais carentes, burocracia e preços altos, que tornam difíceis os financiamentos." Reinado de Melo Corretor de Imoveis

Demanda crescente pelo crédito imobiliário

Demanda crescente pelo crédito imobiliário
16 de fevereiro de 2011 | 0h 00
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João Crestana - O Estado de S.Paulo
Os números do mercado imobiliário impressionam. Acostumados que éramos a lidar com baixas cifras, passar a pensar em dezenas de bilhões de reais tem gerado expectativas e também boa dose de responsabilidade.

Uma das preocupações do setor vem de uma possível carência de recursos no prazo de quatro anos. O dinheiro da poupança e do FGTS - principais fontes destinadas à produção e aquisição de imóveis - mostram indícios de insuficiência. Chegar em 2014 com a linha do crédito imobiliário robusta requer debates imediatos sobre o reforço na destinação da poupança e de fundings alternativos.

Outro aspecto que merece atenção é o reajuste dos preços. De 2005 a 2010, na cidade de São Paulo, o valor médio de área lançada registrou incremento de 62%, enquanto a inflação do INCC limitou-se a 48% acumulado no período. Isso se deve ao forte e rápido aquecimento após longos anos de estagnação do setor. O cenário futuro é de mercado sólido e estável, sem risco de "bolha", pois há demanda e o nosso sistema financeiro é rígido na concessão de créditos.

Resta um alerta: comprar imóvel é sempre bom, desde que seja para morar, instalar uma empresa ou alugar. Para aqueles que buscam especular, a recomendação é: não comprar. Imóvel como investimento é complemento de renda e de aposentadoria tão somente.


É PRESIDENTE DO SECOVI-SP (SINDICATO DA HABITAÇÃO) E DA COMISSÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA IMOBILIÁRIA DA CBIC